Homem apontado como principal fornecedor de drogas na Cracolândia é preso em SP
Segundo investigação da Polícia Civil, as drogas eram transportadas da Baixada Santista, no litoral, para o centro da capital
São Paulo|Do R7
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (26), um homem considerado o principal fornecedor de drogas da Cracolândia, no centro de São Paulo. Mardel Vidal da Silva, de 44 anos, é integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e vinha sendo monitorado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo), do Ministério Público.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em uma coletiva de imprensa, classificou a prisão como "a mais importante" desde o início das operações da Polícia Civil, em junho.
Havia um mês que o suspeito estava sendo monitorado pela equipe de investigação do 3° Distrito Policial. De acordo com o delegado-geral Artur Dian, ele comprava a droga na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, uma vez por semana.
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Na capital, Mardel possuía dois imóveis para esconder as drogas e, posteriormente, distribuí-las pela região da Cracolândia. “Ele [também] tem residência no litoral, onde manufaturava parte da droga com misturas para aumentar em peso", explica Artur Dian.
Nesta quarta-feira, após a decretação de sua prisão temporária de 30 dias pela Justiça, o integrante do PCC foi detido na rua dos Andradas, no centro da cidade. Ele também tem 10 antecedentes pelos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e tráfico.
Os dois imóveis foram alvo de buscas. A polícia apreendeu cerca de 1,5 kg de cocaína, R$ 12 mil, um celular e um carro utilizado para transportar as drogas do litoral para a capital.
Até a publicação desta reportagem, a defesa de Mardel não havia sido localizada.
Transferência da Cracolândia
Na última quinta-feira (20), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desistiu de transferir os dependentes químicos da Cracolândia para o Complexo Prates, no Bom Retiro. O objetivo era possibilitar um atendimento melhor aos usuários e afastá-los de áreas residenciais e comerciais.
De acordo com a gestão estadual, novas possibilidades para “solucionar o problema da Cracolândia” serão estudadas.