Homem que empurrou e derrubou idosa de 86 anos em SP é indiciado, mas responde em liberdade
Vítima pediu socorro e suspeito se virou, mas foi embora sem ajudar; idosa quebrou o fêmur e levou cinco pontos na cabeça
São Paulo|Nayara Paiva e Estela Marconi, da Agência Record
O homem responsável por empurrar e derrubar uma idosa de 86 anos na região do Jardim Paulista, na zona oeste de São Paulo, foi indiciado por lesão corporal grave e omissão de socorro, mas vai responder em liberdade por não se tratar de situação em flagrante.
Caso seja condenado, o agressor pode pegar até seis anos de prisão em regime fechado.
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O caso ocorreu na tarde do dia 18 e uma câmera de monitoramento de uma padaria flagrou o ocorrido.
Maria Cândida Miranda de Toledo Piza caminhava pela calçada após retornar do cinema, com uma sacola e um guarda-chuva nas mãos. O agressor vinha na direção oposta, quando dá uma ombrada proposital na idosa, que cai. Assista ao vídeo abaixo.
A mulher pede socorro e o homem se vira e a vê caída, mas vai embora sem prestar socorro. Com a queda, Maria Cândida quebrou o fêmur, bateu com a cabeça no gradil de um prédio e precisou levar cinco pontos.
A idosa foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico (SAMU) e encaminhada a um pronto socorro.
Investigações
Após obterem acesso às imagens, a Polícia Civil passou a investigar o caso e conseguiu identificar o filho da vítima e, logo em seguida, o autor da agressão.
Ricardo de Toledo Piza esteve no 78° DP (Jardins) na última segunda-feira (23), onde o caso da mãe foi registrado como lesão corporal, com agravante de a vítima ter mais de 60 anos, e omissão de socorro.
No mesmo dia, o agressor, de 42 anos, foi identificado e intimado a prestar depoimento. Na terça-feira (24), compareceu à delegacia, onde alegou que se sentiu ameaçado pela idosa.
O homem afirmou que é homossexual e, por causa disso, acreditou que Maria Cândida iria agredi-lo com o guarda-chuva. A delegada Ana Lúcia de Souza afirmou que ele foi extremamente frio e não demonstrou arrependimento.
O agressor afirmou que já sofreu diversas agressões por causa da sua sexualidade e acreditou que a idosa iria agredi-lo também. Ele era professor de música no Club Athletico Paulistano, de onde foi demitido após o ocorrido.