Homens são suspeitos de sequestro e cárcere privado em Osasco (SP)
Seis homens são investigados pela polícia após levar ajudante geral para "tribunal do crime" na região metropolitana de São Paulo
São Paulo|Rafael Custódio, da Agência Record
Seis homens são investigados por sequestro e cárcere privado de um ajudante geral, que seria morto em um "tribunal do crime", em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, na quarta-feira (9).
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Os "tribunais do crime" são julgamentos paralelos realizados pelas facções criminosas para punir aqueles que prejudicam sua atuação ou desrespeitam regras.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima contou que estava na casa da namorada, quando dois homens apareceram e disseram que ele precisaria ser levado para resolver "pendências com o crime".
O ajudante disse que foi colocado dentro de um carro VW Fox, de cor vermelha, que pertence a um ex-colega de trabalho. Dentro do veículo, havia uma segunda pessoa.
Em seguida, os suspeitos dirigiram e levaram o ajudante até um bar, na rua Ananis Paulino, onde estavam outros três homens. No local, eles permaneceriam até segunda ordem.
No trajeto, a vítima manteve contato com a mãe, por meio de mensagens no celular, dizendo que estava sendo levado para a comunidade Parque dos Girassois, na zona norte da cidade. Policiais militares foram acionados, após uma denúncia, para tentar localizar uma vítima que fora levada para ser executada.
Os policiais foram até a comunidade, quando suspeitaram de um grupo de pessoas em frente ao bar. Os homens foram questionados sobre o que estava ocorrendo e a vítima acabou contando que seria morta com uma faca, que estava sobre uma mesa de bilhar.
Todos foram levados ao 10º Distrito Policial de Osasco, onde um boletim de ocorrência foi registrado e um inquérito instaurado. Agora, a Polícia Civil vai ouvir testemunhas para apurar o crime.
Uma consulta pelo sistema da polícia mostrou que o celular utilizado por um dos suspeitos, tinha origem ilícita. A vítima reconheceu os suspeitos e os objetos apreendidos na delegacia. No entanto, todos foram liberados, até que as investigações sejam concluídas.