Hospitais de SP têm ocupação alta de leitos e preveem piora
No Hospital Sírio-Libanês, 90% da área de atendimento dedicada a casos de covid está ocupada, com 159 internados , 45 na UTI
São Paulo|Do R7
Com alta taxa de ocupação de leitos, hospitais em São Paulo têm remanejado leitos e esperam um crescimento do número de casos de covid-19 nas próximas semanas, como reflexo das aglomerações nas festas de fim de ano.
Médicos relatam aumento de "surtos familiares", quando dois ou mais da mesma família se infectam, o que pode ser reflexo de encontros de Natal. No Hospital Sírio-Libanês, 90% da área de atendimento dedicada a casos de covid está ocupada, com 159 internados - 45 na UTI.
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Em nota, a instituição afirma notar o crescimento das internações e infecções desde novembro. O hospital tem hoje mais de 500 leitos operacionais. Nas próximas semanas, planeja abrir mais leitos, com um aumento escalonado até meados de fevereiro", diz a instituição.
No Albert Einstein, há 121 pacientes com diagnóstico positivo em - 53 em UTI. Assim como no Sírio, a instituição diz não calcular a taxa exata de ocupação desses leitos porque é possível remanejar vagas da enfermaria para o tratamento intensivo.
"Ainda não estamos sentindo pico das festas de fim de ano, mas sim estabilidade de alta desde novembro. Nós, infectologistas, acreditamos que vai haver não uma nova onda de casos, mas uma intensificação do quadro atual", explica Moacyr Silva, infectologista do Einstein.
Na Beneficência Portuguesa de São Paulo, das 50 vagas de UTI destinadas à covid, 40 já estão ocupadas (80%). Em nota, a instituição diz que acompanha diariamente o fluxo de casos e remaneja os leitos conforme a demanda. "Não parece ter tido um boom, mas me assusta porque já está bem cheio. Os casos aumentaram desde novembro, mas ainda não teve um super pico, aponta João Prats, infectologista da BP. A taxa de ocupação nos hospitais públicos e privados de São Paulo é de 65%.
A expectativa dos médicos é de que a intensificação ocorra a partir da próxima semana, quando terá passado a fase de incubação do vírus em quem se infectou nas festas de réveillon. "Hoje, já temos parte dos casos admitidos que podem ter se contaminado no Natal. O que a gente espera é que haja repique em cima daquilo que já estava ruim", diz Jaques Sztajnbok, médico intensivista e supervisor da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Lá, todos os 40 leitos já estão ocupados e a maioria dos casos é referente a internações pela covid.