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Instituto Federal em SP suspende aulas após ameaça de massacre

Ameaças aconteceram depois que os alunos organizaram protestos contra assédios que estavam ocorrendo no campus

São Paulo|Laura Augusta, da Agência Record*

A reitoria do campus foi avisada das ameaças, feitas por email
A reitoria do campus foi avisada das ameaças, feitas por email

Após ameaças de massacre, pelo menos 1.128 estudantes do IFSP (Instituto Federal de São Paulo) tiveram as aulas suspensas nesta segunda-feira (29).

A mensagem foi enviada por meio de um email anônimo, no sábado (27), depois da realização de um protesto contra assédios sofridos por adolescentes que cursam o ensino médio no campus de Pirituba, localizado na avenida Mutinga, no Jardim Santo Elias, na zona norte de São Paulo.

O autor da ameaça disse que os estudantes são todos "uns vermes inúteis como todos dessa escola grotesca". E justifica um possível massacre com a afirmação de que os nomes dos supostos assediadores foram divulgados em um quadro no instituto. 

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A reitoria do campus de Pirituba do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo foi avisada das ameaças no mesmo dia em que elas começaram a circular.


Em comunicado, o diretor-geral, em conjunto com a diretora-adjunta administrativa e de ensino, informa que foi registrado um boletim de ocorrência, no domingo (28), devido à ordem de prioridade da delegacia.

A ameaça é direcionada principalmente às meninas e pessoas que participaram do protesto que ocorreu há cerca de duas semanas, mas a mensagem adverte a todos os estudantes: "Meninas, não fiquem com medo de serem assediadas, sintam medo de perderem as suas vidas. Não ache que será diferente com vocês meninos. Nós vamos assassinar todos".


No texto, o autor se refere às jovens com palavras de baixo calão e ainda cita nomes de pessoas que ele aponta como os principais alvos. Na manhã desta segunda (29), alunos da graduação de gestão pública se juntaram e expuseram uma faixa com os dizeres "IF + seguro, não vão nos calar".

Michel Conzfukuda, um estudante do 3º ano de gestão, conversou com a reportagem e afirmou que todos estão muito apreensivos e que grande parte dos alunos, tanto da graduação quanto do ensino médio e técnico, acredita que a volta do ensino remoto é a melhor solução para a proteção deles.


O graduando revelou ainda que, depois das duas primeiras denúncias de assédio, outras 21 vieram à tona, na maioria de alunas do 1º ano do ensino médio.

Uma coordenadora confirmou que a instituição recebeu duas denúncias nominais e reiterou que ambas foram apuradas e tiveram a aplicação de sanções disciplinares.

*Sob supervisão de Letícia Dauer

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