Irmã de jovem atropelado e morto diz ter recebido vídeos do motorista debochando na hora do enterro
Irmã de Matheus informou que ele nunca havia sido preso e, se tivesse cometido furto, precisava pagar, mas não com a vida
São Paulo|Do R7, com Record TV
A família de Matheus Campos da Silva, que morreu atropelado por um motorista de aplicativo após supostamente ter furtado uma pessoa, alega que recebeu os vídeos do homem fazendo deboches durante o enterro dele. Nas gravações, o motorista sorri, sem demonstrar arrependimento e coloca na legenda: 'Menos um fazendo L'.
A irmã de Matheus, Talita Mayara Campos, informou que o jovem nunca havia sido preso e que se ele reamente tivesse cometido o crime naquela ocasião, deveria pagar sendo detido de alguma forma, mas não morto.
O atropelamento ocorreu no centro de São Paulo, na terça-feira (25). O motorista Christopher Rodrigues, de 27 anos, ainda deixou Matheus embaixo do automóvel, sem prestar socorro.
Pessoas que seriam ligadas "aos direitos humanos", ao curso de direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) e até possíveis familiares da vítima protestaram contra a atitude do motorista, pois disseram que o jovem atropelado ainda estava vivo.
Apesar dessa manifestação, o motorista informou que só removeria o carro de cima de Matheus após a chegada da polícia. "Não pode tirar o carro, senão o cara foge. Desta vez não vai ter cervejinha nem picanha", disse no vídeo.
Defesa quer mudar tipificação do crime
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como "furto e morte suspeita/acidental no plantão do 78º DP (Jardins)", mas, agora, os advogados da família de Matheus estão trabalhando para mudar a tipificação do crime.
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Em entrevista à Record TV, a defesa informou que trabalha para que o caso seja registrado como crime doloso. Os advogados alegam que Christopher atropelou o jovem de forma proposital, negou socorro e ainda gravou vídeos para postar nas redes sociais.
A defesa informou, ainda, que o delegado responsável pelo caso se prontifico a ajudar na investigação e compartilhar as informações necessárias da investigação.