Jonathan e Juliano Ramos, condenados pela morte de família carbonizada no ABC
Reprodução/Record TVDois irmãos foram condenados nesta segunda-feira (21) por ter matado e carbonizado uma família no ABC paulista, em 2020. Juliano Ramos foi sentenciado a mais de 65 anos de reclusão. Já Jonathan Ramos pegou mais de 56 anos de prisão.
Ambos foram condenados pelos crimes de roubo, homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e ocultação de cadáver de Romuyuki Gonçalves, Flaviana Gonçalves e o do filho do casal, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos.
Os réus tiveram o mesmo destino na Justiça que a filha do casal morto, Anaflávia Martins Meneses Gonçalves, condenada a uma pena de 61 anos, sua ex-namorada, Carina Ramos de Abreu, condenada a 74 anos, e Guilherme Ramos da Silva, primo de Carina, que pegou 56 anos de prisão.
Anaflávia e Carina
Reprodução/Record TVA morte de Romuyuki, Flaviana e Juan Victor Gonçalves teve o envolvimento da filha do casal e da ex-namorada da jovem Carina. De acordo com a polícia, as duas informaram aos outros três suspeitos que havia R$ 85 mil na casa e ajudaram o trio a entrar na residência. No dia do roubo, segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, eles não encontraram o dinheiro e, depois de ameaçar as vítimas, decidiram matá-las.
O corpo do casal e o do adolescente foram colocados dentro do carro da família e levados a uma estrada de terra em São Bernardo do Campo. O veículo foi incendiado, e as vítimas, carbonizadas.
À Record TV, Carina admitiu ter participado do planejamento do assalto, mas não das mortes. Ela disse que a ex-namorada tinha arquitetado o crime. Já Anaflávia afirmou ser inocente e que os assassinatos foram premeditados pela ex-companheira.
Segundo Anaflávia, Carina a convenceu de que não aconteceria nada à família, a não ser uma simulação de assalto. Os irmãos também se sentiram enganados por Carina ao perceber que não havia dinheiro na casa: "Foi uma cilada que ela arranjou para nós, porque a intenção dela, na verdade, não era roubar o dinheiro, porque não tinha dinheiro; a intenção dela era matar eles".
Com a quebra de sigilo de contas na internet e as conversas entre o ex-casal por um aplicativo de mensagens, a Polícia Civil descobriu que Anaflávia e Carina haviam feito buscas relacionadas ao ocorrido.
Elas pesquisaram termos referentes ao seguro de vida de Romuyuki, como "seguro de vida cobre quais mortes", "seguro de vida por morte assassinato" e "segurado de homicídio". As buscas foram encontradas no celular de Anaflávia, em 24 de dezembro de 2019, cerca de um mês antes do crime.
No dia 30 de dezembro, o casal pesquisou sobre a compra de um carro de luxo, apesar de estar endividado. Dois dias antes das mortes, Carina também fez buscas sobre reforma do piso de uma residência. A metragem e a descrição da planta são compatíveis com o imóvel onde a família foi morta, o que indica a intenção das duas de se apossarem da casa.
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