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Joias e 51 kg de ouro também foram levados em roubo de Guarulhos

Policia afirmou que 51 kg de ouro que tinham como destino Dubai foram levados junto com relógios e um colar de marca do roubo no aeroporto

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Etiquetas de carga de ouro com destino ao aeroporto de Dubai (DXB) flagradas pelo R7
Etiquetas de carga de ouro com destino ao aeroporto de Dubai (DXB) flagradas pelo R7

A Polícia Civil de São Paulo atualizou, em coletiva na tarde desta terça-feira (6), o total levado pelos ladrões que invadiram o aeroporto de Guarulhos em 25 de julho. Além dos 718 kg de ouro, foram roubados também 15 kg de esmeraldas, 18 relógios e 1 colar avaliados em R$ 95 mil , além de mais 51 kg de ouro que teriam Dubai como destino, totalizando mais de 780 kg de metais preciosos roubados.

O R7 já havia questionado a Polícia Civil anteriormente sobre o que foi levado pelos assaltantes, pois no dia do roubo a reportagem havia encontrado etiquetas de identificação de barras de ouro que tinham como destino a capital dos Emirados Arábes Unidos.

Durante a coletiva realizada no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminosas), onde o caso está sendo investigado, o delegado Pedro Ivo Corrêa afirmou ainda que a atualização da carga roubada se deu ao fim da investigação nesta primeira fase, que se encerrou na noite desta segunda-feira (5), quando o órgão apresentou o inquérito à Justiça , que por sua vez decretou a prisão preventiva de seis suspeitos - quatro estão presos e dois, foragidos. Os veículos utilizados no crime também foram apreendidos.

De acordo com o delegado, o término da primeira fase da investigação também pode identificar o líder da organização criminosa - Francisco. “Ele tinha o armamento, conhecimento para regimentar outros para a participação no roubo”, argumentou Corrêa. No Brasil, Francisco possui passagens policiais por roubo a carro forte em 1982 e 1993. A polícia descobriu que ele tinha um relacionamento com a irmã de Peterson Brasil, outro preso suspeito de participação no roubo milionário.


Outro preso, Peterson Patricio, funcionário do aeroporto, por sua vez, era a segunda liderança no grupo. “Ele tinha o conhecimento do dia-a-dia do aeroporto, de como as cargas chegavam”, contou Corrêa. O delegado disse, também, que integrantes do grupo participaram de outros grandes roubos, como o da Prossegur, no Paraguai.

O crime aconteceu no dia 25 de julho, quando uma quadrilha usou viaturas falsas da Polícia Federal para entrar no aeroporto e, em uma ação rápida, levar o ouro que teria como destino final os Estados Unidos e o Canadá. O prejuízo foi estimado em cerca de R$ 110 milhões e desde o primeiro dia as investigações foram conduzidas pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil paulista.


Leia mais: Após roubo de ouro, Brink's passa a ter agentes armados em aeroportos

As primeiras suspeitas recaíram sobre funcionários do aeroporto. Peterson Patrício, de 33 anos, havia dito à polícia que tinha sido feito de refém da quadrilha, mas a polícia acredita que ele tenha contribuído com informações sobre a rotina do terminal, além de dados específicos sobre a carga de ouro. Um amigo dele e um pintor encontrado com munição restrita também estão detidos.

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