José Luiz Datena assina com o PSDB e chega ao seu 11º partido
Apresentador se filiou à sigla nesta quinta e evitou confirmar se vai ser vice de Tabata Amaral para a Prefeitura de São Paulo
São Paulo|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Estado
Menos de quatro meses depois de se filiar ao PSB, o apresentador de TV José Luiz Datena ingressou no PSDB nesta quinta-feira (4). Essa foi a 11ª troca partidária do comunicador. A mudança de legenda permite que ele aceite a indicação a vice na chapa da deputada federal Tabata Amaral (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mas na cerimônia de filiação Datena não confirmou se vai ser o vice da parlamentar.
"Para a primeira alternativa, eu vou. Para a segunda, eu vou. O que vai acontecer, vai acontecer. O futuro a Deus pertence. Por que eu ia convidar a Tabata para vir aqui se eu penso de forma diferente? Mas não depende só de nós. Eu não sei como o PSB vai encarar essa mudança de partido, os grandes nomes do partido concordaram com esse movimento", disse o apresentador.
"A minha vontade é estar do lado da Tabata, sempre, porque é uma pessoa fantástica, maravilhosa, que eu gosto e respeito e continuarei respeitando. Agora, estou num partido que esta conversando com o partido que era o meu partido, eles estão conversando e que definam. Precisa perguntar mais pros dirigentes dos partidos, eles que respondam", completou Datena.
Datena permaneceu menos de quatro meses no PSB, sua décima filiação política. O histórico do apresentador acumula 11 siglas, já incluindo o PSDB. A primeira legenda em que ele esteve associado foi o PT, de 1992 a 2015. Desde então, passou por oito siglas em um intervalo de oito anos: PP, PRP (extinto), DEM (hoje, União Brasil), MDB, PSL (fundido ao União), PSC, União Brasil e PDT.
Até as eleições de 2014, Datena era citado como possível postulante a um cargo eletivo. O apresentador chegou a confirmar alguns convites, mas não demonstrava vontade de se lançar como candidato, apesar de estar filiado a partidos políticos. A partir das eleições de 2016, passou a tratar os planos na política de forma mais enfática, chegando a admitir a possibilidade de estar nas urnas e, depois, recuando.
Prefeito de São Paulo (2016)
Em 2016, Datena estava filiado ao PP e era cotado para disputar a Prefeitura de São Paulo. No entanto, desistiu da pré-campanha após a revelação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estimava em mais de R$ 300 milhões o total em propinas obtidas pelo PP entre 2006 e 2014 a partir do esquema de corrupção na Petrobras. O valor mencionado consta em uma denúncia apresentada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, em denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR).
Senador (2018)
Dois anos depois, o nome do apresentou voltou a ser cotado para as eleições. Datena era cogitado para se candidatar ao Senado e se filiou ao DEM de olho no projeto eleitoral. Doze dias após a filiação, desistiu da campanha. "Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí", disse.
Vice-prefeito de São Paulo (2020)
O jornalista voltou a ser sondado na eleição seguinte, em 2020. Ele se filiou ao MDB e era cotado para compor a chapa à reeleição de Bruno Covas (PSDB). Também recuou na oportunidade. O acordo acabou contemplando Ricardo Nunes (MDB), hoje prefeito e pré-candidato à reeleição, que ainda também não tem um nome para o vice da chapa.
Senador (2022)
Em 2022, Datena chegou a ser uma das opções estimuladas por institutos de pesquisa em levantamentos de intenções de voto. O nome do apresentador aparecia nas pesquisas para o cargo de senador, e ele liderava as intenções de voto. Mesmo assim, recuou da campanha. "Eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho", disse, às vésperas do prazo legal para que deixasse de apresentar programas no rádio e na televisão.