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Jovem de 21 anos é morto na casa da avó durante operação; PM diz que ele reagiu

Agentes afirmam que vítima estava armada e resistiu à abordagem; ação é contra organização que rouba e sequestra caminhoneiros

São Paulo|Augusta Ramos, da Agência Record


Victor Hugo Mendes da Silva, de 21 anos
Victor Hugo Mendes da Silva, de 21 anos

Um jovem de 21 anos foi morto na manhã desta quinta-feira (14), após ter sido baleado pela Polícia Militar durante a execução de um mandado de busca em Osasco, na Grande São Paulo.

A Operação Aboiz, da Polícia Federal, atua para desarticular um esquema criminoso de roubo de cargas de caminhões e sequestro de caminhoneiros em municípios de São Paulo e Minas Gerais.

Victor Hugo da Silva estava dormindo na casa da avó quando foi abordado pelos oficiais. Segundo os agentes, o jovem reagiu a acabou baleado. Ele foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

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De acordo com o tio da vítima, a avó de Victor estava na calçada em frente à casa quando os policiais se aproximaram, mostraram uma foto do jovem e perguntaram se ela o conhecia.

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A idosa disse que "sim". Falou, então, que o neto estava dormindo na residência e que a porta estava destrancada.

Ainda segundo o tio, ele estava se arrumando para ir trabalhar quando ouviu os disparos e o sobrinho gritando "não, não, não".

A Polícia Militar informou que Victor estava armado com um revólver calibre 38, resistiu à abordagem e entrou em confronto com a polícia. Ele foi baleado e desarmado. 

A família do rapaz afirma não acreditar que houve troca de tiros e diz que a vítima não tem passagem pela polícia. 

O tio conta que o menino era atleta até os 16 anos e tentou ser jogador. Agora, trabalhava e morava com a família. Diz ainda que, nesta semana, o jovem pediu R$ 400 emprestados para comprar roupas e fraldas para o filho.

Operação Aboiz

A Operação Aboiz — cujo nome significa armadilha — é resultado de um investimento da Polícia Federal para desarticular um esquema de roubo de cargas e sequestro de caminhoneiros nas rodovias brasileiras.

Ao todo, cem policiais federais e cem policiais militares darão cumprimento a 15 mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão. Oito homens e três mulheres já foram presos. 

A investigação começou em outubro de 2023, a partir de informações colhidas sobre um grupo criminoso que agiria na região de Valinhos, interior de SP.

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Esquema

Durante as apurações, os policiais constaram que o grupo criminoso agia com violência contra as vítimas, vindas de outras cidades e estados, atraídas por serviços de frete oferecidos por aplicativo de celular.

Mulheres da quadrilha se passavam por funcionárias de empresas interessadas na contratação de fretes e marcavam um ponto de encontro com os interessados. Ao chegarem ao local, os caminhoneiros eram roubados.

Rendidas, as vítimas eram levadas até um cativeiro em Osasco ou a um matagal próximo ao local do roubo, onde permaneciam, às vezes, amarradas e sob ameaçadas de morte por até 20 horas.

Durante o sequestro, criminosos roubavam a carga, realizavam saques e transferências via Pix e gravavam vídeos das vítimas para pedir resgate.

Crime

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, roubo, furto e extorsão mediante sequestro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

Os detidos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça.

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