Uma jovem de 19 anos morreu e duas pessoas ficaram feridas no incêndio que atingiu uma casa no Jaçanã, zona norte de São Paulo, no início da manhã desta sexta-feira (20).
Um tio da vítima, que mora no local, relatou que acordou com os gritos de socorro e tentou auxiliar no resgate. O combate às chamas, no entanto, foi prejudicado, segundo ele, pela falta de água, pois às 20h a Sabesp interrompe o fornecimento.
Em nota, a companhia confirmou que realiza a chamada "gestão noturna da demanda". A prática, diz a Sabesp é recomendada internacionalmente. "Quando há menos consumo, reduz-se a pressão nas redes a fim de evitar perdas por vazamentos e rompimentos; quando o uso é retomado, a pressão é reajustada. Imóveis com caixa-d'água com reservação para ao menos 24 horas, como determina o decreto estadual 12.342/78, não sentem a gestão de pressão", diz o texto da companhia.
A prefeitura interditou a casa e informou que a liberação ocorrerá após regularização por part do proprietário. Não houve danos estruturais aos imóveis vizinhos.
O incêndio
O fogo tomou conta da residência localizada na rua Cunha Porto, número 149, às 4h01.
No local, dormiam Lucas Fernandes, de 26 anos, sua mãe Célia Fernandes, 66, e seus dois sobrinhos, Juliana Fernandes e o irmão dela, de 9 anos. A vítima, que era estudante de Direito, morreu carbonizada. A criança foi a primeira a ser retirada da residência e não sofreu ferimentos.
De acordo com a sala de imprensa do Corpo de Bombeiros, sete equipes com 18 homens atuaram no combate às chamas e realizaram o rescaldo. A Defesa Civil e a Polícia Militar também foram acionadas.
A mãe de Lucas, de 66 anos, foi socorrida consciente com queimaduras de 2° grau nos braços e nas pernas. Lucas, de 26 anos, que é tio da vítima, também foi socorrido consciente e com queimadura de 2° grau em uma mão e um ferimento leve no pé. Os dois foram encaminhados ao Pronto Socorro da UPA do Jaçanã.
Possíveis causas
Ainda não há informações das causas do incêndio. Segundo informações preliminares, o incêndio começado na sala, onde as chamas estavam mais fortes, apesar de terem tomado todo o imóvel.
De acordo com o major Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, a hipótese é que tenha ocorrido um curto-circuito, combinado com o clima seco e baixa umidade do ar, o que propicia a rápida propagação do fogo.
Ainda segundo o major, dentro de uma residência média brasileira, é estimado que em um minuto todo o cômodo pode ser tomado com fumaça e calor. Como o foco foi na frente da saída da casa, as vítimas podem ser sido bloqueadas pelas chamas.
A comandante do Corpo de Bombeiros que coordenou a ação, capitã Rubia Queiroz Curione, informou que diferentes frentes de combate foram realizadas na tentativa de controlar o incêndio.