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Julho termina com chuvas e frio abaixo da média, aponta CGE

Foram 33,8mm de precipitação sendo que o esperado para o mês era 44,2 mm ou seja 23,5% abaixo. Choveu somente em 3 dias

São Paulo|Isabelle Gandolphi, da Agência Record

Pedestres se protegem do frio na zona oeste de São Paulo (SP)
Pedestres se protegem do frio na zona oeste de São Paulo (SP) Pedestres se protegem do frio na zona oeste de São Paulo (SP)

Dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, órgão ligado à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), apontam que o mês de julho terminou com chuvas abaixo da média.

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Foram 33,8mm de precipitação sendo que o esperado para o mês era 44,2mm, ou seja 23,5% abaixo. Dos três dias em que foram registradas chuvas no mês, o dia 28 foi o mais chuvoso com 24,7mm.

"No mês de julho, ápice do inverno é comum a entrada de massas de ar frio, e as chuvas são mais irregulares ocorrendo normalmente após a passagem de frentes frias, e neste mês tivemos apenas duas passagens de sistemas frontais", explica Michael Pantera, meteorologista do CGE da Prefeitura de São Paulo.

Com relação às temperaturas, para julho eram esperada mínimas em torno de 12,7ºC e máximas em 22,9ºC. E o mês registrou mínima média de 10,1ºC e máxima média de 22,4ºC. Ou seja, foram 2,6ºC e 0,5ºC respectivamente, abaixo para as mínimas máximas.

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Além disso foram observados recordes tanto de mínimas quanto de máximas mais baixas do ano. No dia 30, ocorreu a menor mínima média na cidade com 3,2ºC. No mesmo dia em Engenheiro Marsilac, zona sul, ocorreu a menor mínima absoluta, aquela registrada em um único local com -3ºC.

Essas também foram as menores temperaturas observadas em todo o histórico do CGE da Prefeitura de São Paulo, que compila informações de temperatura desde 2004.

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"Uma forte massa de ar de origem polar predominou sobre o centro e sul do Brasil foi responsável pela onda de frio e pelas geadas na Grande São Paulo, provocando inclusive recorde histórico de temperaturas mais baixas registradas pelo CGE nos últimos 17 anos", explicou Pantera.

No dia 30, ainda sob influência da massa de ar polar, a capital paulista registou a menor máxima média do ano com 13,1ºC. No mesmo dia a menor máxima absoluta, aquela registrada em um único local, ocorreu em M Boi Mirim, zona sul, com 10,8ºC.

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Chuvas abaixo da média

Julho foi marcado por chuvas abaixo da média e temperaturas máximas alternando valores acima e abaixo do normal, condições que influenciaram diretamente a umidade relativa do ar. Os índices médios da cidade permaneceram acima dos 40% apenas em alguns períodos do mês, com poucos dias apresentando valores acima dos 60% recomendados.

Por outro lado, boa parte de julho teve tempo mais seco e umidade relativa do ar abaixo dos 40%, sendo que dois períodos atingiram valores críticos, abaixo dos 30%. Houve inclusive registro abaixo dos 20%, o que caracteriza estado de alerta, no dia 19, com média de 15,6% na cidade e valor absoluto de 10% na estação do CGE, localizada na Subprefeitura da Sé, no centro da capital paulista.

Para agosto, o mês mais seco do ano na maioria das regiões do Brasil, inclusive na capital paulista, é esperada uma média de chuvas de 29,4mm, considerando os últimos 27 anos de medição, segundo o banco de dados do CGE da Prefeitura de São Paulo.

Para 2021, são esperadas chuvas dentro a ligeiramente abaixo da média, enquanto as temperaturas devem ficar abaixo do esperado. A mínima média do mês é de 13,4ºC e a máxima de 24,3ºC.

"Vale ressaltar que, nessa época do ano o sistema meteorológico que mais produz chuva para a região Sudeste é a passagem de frentes frias pela região, que geralmente são acompanhadas de massas de ar frio de origem polar, que derrubam as temperaturas, muitas vezes por vários dias", diz Pantera.

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