Justiça condena estado de SP a indenizar em R$ 10 mil aluno que presenciou massacre em Suzano
Estudante relatou que viu colegas serem mortos e que precisou correr para salvar a própria vida
São Paulo|Do R7
![Escola Estadual Raul Brasil](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WAZIXBKQIRM7LP34XOSPGL2AHA.jpg?auth=539e655b7c0972f7377a15e740dd46a455cbcee6ad54566393d56502e4f4e0ea&width=1000&height=578)
A Justiça condenou o estado de São Paulo a indenizar um aluno que sobreviveu ao ataque a uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, ocorrido em 2019. Na ocasião, dois homens invadiram Escola Estadual Raul Brasil, mataram oito pessoas e cometeram suicídio.
Segundo o juiz Paulo Eduardo de Almeida Chaves Marsiglia, da 2ª Vara Cível, o estudante tem direito a receber R$ 10 mil de indenização por danos morais. A decisão foi proferida no dia 10 de fevereiro.
"O autor, conforme narrado na inicial, presenciou colegas serem mortos na sua frente e teve que fugir correndo para salvar a sua própria vida. Não há dúvida, portanto, que foi submetido a um intenso sofrimento mental, sendo evidente as consequências negativas em seu estado psicológico", afirmou o magistrado.
O aluno defendeu por meio de seu advogado que o estado foi omisso ao não garantir a segurança. O estudante pleiteou uma indenização correspondente a 50 vezes o salário mínimo vigente à época, o que daria em torno de R$ 52 mil. O juiz, no entanto, reduziu o valor para R$ 10 mil.
A PGE (Procuradoria Geral do Estado) informou que a decisão já transitou em julgado.
Rua vazia e saídas rápidas: escola de Suzano tem nova rotina
Seis meses após o massacre, a rotina na escola era diferente do que foi antes do ataque. Com certa apreensão dos vizinhos e acompanhamentos de pais e da Polícia Militar, a movimentação na Rua Otávio Miguel da Silva e a rotina dos estudantes era diferen...
Seis meses após o massacre, a rotina na escola era diferente do que foi antes do ataque. Com certa apreensão dos vizinhos e acompanhamentos de pais e da Polícia Militar, a movimentação na Rua Otávio Miguel da Silva e a rotina dos estudantes era diferente: antes do ataque em 13 de março, a rua da escola tinha mais movimento de estudantes e transeuntes em horários de aula. Depois, como relatam vizinhos, as ruas ficam desertas por boa parte do tempo Das feridas, união: alunos de Suzano se juntam para superar traumas