Paulo Cupertino é acusado de matar Rafael Miguel e pais do ator
Reprodução/Record TV e InstagramO Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu mandar Paulo Cupertino Matias a juri popular. O empresário é acusado de matar Rafael Miguel e os pais do ator, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, em junho de 2019.
A decisão, proferida no dia 5 de abril, foi confirmada pelo R7 nesta quinta-feira (13).
Em nota, o TJSP informou que a defesa de Cupertino ainda pode recorrer da decisão, portanto o julgamento ainda não tem data definida.
Em uma noite de domingo, Rafael Miguel, que se tornou conhecido do público brasileiro, ainda na infância, por sua atuação na novela Chiquititas, exibida pelo SBT, e em comerciais de TV, havia ido até a casa da namorada, Isabela Tibcherani, junto com os pais. A ideia dele era conversar sobre o namoro com o sogro, o comerciante Paulo Cupertino Matias.
Na casa, a família de Rafael havia sido recebida por Isabela e pela mãe dela, Vanessa. Minutos depois, Cupertino Matias chegou armado ao local. Exaltado, o comerciante disparou contra o genro e os familiares. Ele atirou nas três vítimas no portão da casa.
Um laudo elaborado pela Polícia Técnico-Científica de São Paulo mostrou que o atirador disparou 13 vezes. Rafael foi atingido por sete tiros — um na cabeça, outro no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo. O pai foi baleado quatro vezes (uma no peito, duas no braço esquerdo e uma no braço direito), e a mãe, duas (no peito e no ombro).
Segundo a Polícia Civil, Paulo Cupertino cometeu o crime por não aceitar o namoro do ator Rafael com sua filha — que obteve na Justiça uma medida protetiva contra o pai.
Logo após ter baleado as vítimas, Cupertino fugiu a pé pelas ruas do bairro da Pedreira, na zona sul de São Paulo, onde morava. Desde então, as equipes da Polícia Civil encarregadas de investigar o caso iniciaram as buscas pelo acusado. Ele teria recebido a ajuda de amigos para financiar a fuga.
Pistas sobre o paradeiro de Cupertino foram checadas em diversas cidades do interior paulista, em vários estados do país e até no exterior. A rota de fuga incluiu passagens por fazendas em Mato Grosso do Sul e no Paraguai e a emissão de um RG com dados falsos no Paraná.