Laudo aponta que mortos no Baile da Dz7 têm marcas de pisoteamento
Para advogado que acompanha o caso, resultado é o esperado, mas "o que gerou correria, quedas e pisoteamentos foi a atuação violenta dos PMs"
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
A Polícia Civil do Estado de São Paulo recebeu os resultados dos exames necroscópicos dos jovens mortos durante o Baile da Dz7, em Paraisópolis (zona sul da capital), na madrugada do dia 1º de dezembro, e "as primeiras análises mostram quem as vítimas têm traumas compatíveis com os de pisoteamento".
A ação da Polícia Militar resultou na morte de Luara Victoria, Mateus dos Santos, Eduardo Silva, Gabriel Rogério de Moraes, Denys Henrique, Bruno Gabriel, Dennys Guilherme, Gustavo Cruz Xavier e Marcos Paulo Oliveira. Eles tinham entre 14 a 22 anos.
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Para o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos) que acompanha o caso, o resultado já era o esperado, "no entanto, o que gerou correria, quedas e pisoteamentos foi a atuação violenta dos policiais militares".
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), os laudos foram anexados no inquérito policial que está em andamento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil.
Ainda segundo a pasta, até o momento a polícia ouviu 40 pessoas para investigação e os policiais analiam imagens, áduios e outras informações que tenham ligação com o massacre no baile funk.
Além do inquérito na Polícia Civil, a Corregedoria da Polícia Militar apura as circunstâncias relativas à ocorrência por meio de inquérito policial militar, que busca identificar ilegalidades e abusos cometidos por PM. Os 38 policiais militares envolvidos na ação foram afastados enquanto o caso é investigado.