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Mãe de jovem morto por motorista de aplicativo desabafa: 'Sinto uma dor que não tem explicação'

Família de Matheus Campos Silva, de 21 anos, disse que ele era vendedor ambulante e que morreu de forma cruel

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV e Estadão Conteúdo

Motorista de app debochou da morte de Matheus
Motorista de app debochou da morte de Matheus Motorista de app debochou da morte de Matheus

Gina Castro Campos, mãe do jovem atropelado e morto pelo motorista de aplicativo Christopher Rodrigues na última terça-feira (25), em um viaduto na região central de São Paulo, disse que está sendo muito difícil lidar com a morte do filho caçula, Matheus Campos Silva, de 21 anos.

"É uma dor de injustiça e de indignação. É uma dor que não tem explicação", disse ela à equipe da Record TV.

Paloma Campos, irmã de Matheus, contou que ele morava com a mãe e trabalhava como ambulante. "Meu irmão não estava armado e não estava com nada", relatou. "Ele [o motorista] foi frio, viu uma pessoa implorando por ajuda e não ajudou."

Matheus Campos Silva foi morto por Christopher Rodrigues na última terça-feira (25). Em depoimento à polícia, o condutor disse que teria atropelado Matheus porque o jovem havia furtado um celular de outro motorista e queria evitar que ele fugisse.

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Após o atropelamento, Christopher gravou uma série de vídeos, publicados em uma rede social, em que debocha da situação.

"Pois é, infelizmente, Lúcifer Morningstar [um personagem da indústria de quadrinhos DC Comics] recebeu mais um membro na equipe", disse o motorista num vídeo feito por ele mesmo. "Agora, ir para a delegacia assinar um assassinato", disse ele, sem demonstrar arrependimento, declarando, ainda: "Menos um fazendo o L", alusão aos eleitores do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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As cenas mostram pessoas que observam a ocorrência em volta do carro, já com a presença da polícia no local. Em um dos vídeos postados pelo próprio motorista é possível ver a vítima embaixo do veículo, um Ford Ka preto.

Christopher Rodrigues afirma ainda que, depois de ter atingido a vítima e a deixado sob o automóvel sem prestar socorro, pessoas que seriam ligadas "aos direitos humanos", ao curso de direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e até possíveis familiares do motociclista protestaram contra sua atitude, dizendo que o jovem atropelado ainda estava vivo.

Ele respondeu que só removeria o carro depois que a polícia chegasse. "Não pode tirar o carro, senão o cara foge. Desta vez não vai ter cervejinha nem picanha", disse.

O motorista, que manteve o tom irônico sobre o caso durante as gravações, filmou a si mesmo sorrindo dentro da viatura policial e também na delegacia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como "furto e morte suspeita/acidental" no plantão do 78° Distrito Policial.

Segundo uma nota da SSP, o autor do atropelamento foi ouvido na tarde da última sexta (28) no 5° Distrito Policial (Liberdade), onde inquérito policial instaurado investiga a ocorrência.

Assista à reportagem completa:

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