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Mãe de professora luta pela guarda do neto após assassinato da filha

Suspeito do crime é pai do menino, de 6 meses, e foi almoçar com a sogra, após a morte da mulher. Criança está com a avó paterna

São Paulo|Do R7, com Record TV

Éllida Ferreira tinha 26 anos e deixa um filho de 6 meses
Éllida Ferreira tinha 26 anos e deixa um filho de 6 meses

Lucineide Ferreira, mãe da professora Éllida, de 26 anos, que foi encontrada morta com as mãos e os pés amarrados em um córrego na zona leste de São Paulo, luta na Justiça pela guarda do neto, de apenas seis meses. A criança está com a avó paterna desde que o crime ocorreu e o pai foi preso.

Luis Paulo do Santos, de 44 anos, viveu com Éllida por três anos. De acordo com Lucineide, o homem simulou que a filha teria desaparecido ao sair de casa para encontrar a mãe, em Campinas, no interior de São Paulo.

"Ele ainda teve a cara de pau de vir na minha casa no domingo junto com o meu neto, depois que assassinou minha filha. Ele me abraçou, chorou, almoçou aqui, e depois a gente descobriu que ele era o culpado", relata a mulher, indignada.

Lucineide conta, ainda, que só foi desconfiar do genro depois que recebeu a informação de que a filha havia sido encontrada morta. Segundo ela, o homem não apareceu para reconhecer o corpo no IML (Instituto Médico Legal).


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Além disso, ele não teria ido ao enterro, parou de responder as mensagens e atender ligações. Isso fez com que a família de Éllida ficasse desconfiada.

O homem chegou a dizer a uma irmã dele, que estava no velório, que não compareceu para prestar as últimas homenagens à esposa porque estava passando mal. Desde então, o filho, fruto do relacionamento com a professora, teria ficado com a mãe dele.


Agora, Lucineide e a família de Éllida pedem a guarda do menino. "O que a minha irmã deixou foi um fruto que nós queremos com a gente. Vamos alimentar a mente dele com coisas boas, contando como a mãe dele foi aqui na Terra", relata a irmã da professora, Victória Ferreira.

Relembre o caso

O corpo de Éllida Ferreira foi encontrado em um córrego na zona leste de São Paulo, na segunda-feira (7). Além de estar amarrada, a professora ainda tinha ferimentos causados por bala e aparentava ter sido espancada antes da morte.


O marido fez um boletim de ocorrência para informar o desaparecimento da mulher, após ela sair de casa para visitar a mãe em Campinas (SP). O suspeito chegou a simular uma conversa por WhatsApp na qual a professora falava que estava ficando sem bateria.

O homem disse à polícia que foi a hospitais e à rodoviária do Tietê, onde a mulher pegaria o ônibus, mas não teve sinal dela. Ele disse ainda ter viajado a Campinas para confirmar que a mulher não tinha passado por lá. As informações constam no boletim de ocorrência.

Após a informação do desaparecimento, no sábado (5), a mãe e a irmã da professora foram à capital para ajudar nas buscas. Na segunda-feira, a polícia informou que havia encontrado o corpo de Éllida.

A mulher foi velada e enterrada na terça-feira (8), mas o marido não apareceu. Ele contou à família que estava passando mal.

A mãe e a irmã de Éllida prestaram esclarecimentos na delegacia ainda na terça, mas Luis não apareceu, mesmo sendo chamado.

Na tarde de quarta-feira (9), ele foi ao DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) com um advogado e confessou o crime. Ele foi preso preventivamente e aguarda audiência.

Éllida e Luis namoraram por dois anos e eram casados há um. O casal tinha um filho de 6 meses, que está com avó paterna.

O R7 tenta localizar a defesa do agressor para um posicionamento. Quando houver resposta, o conteúdo será adicionado à reportagem.

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