Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, jogada do 6° andar de um prédio, na zona norte de São Paulo, pelo pai e pela madrasta em 2008, mostrou uma foto da filha que, até então, não era muito divulgada. A imagem é do RG (Registro Geral) da menina — veja abaixo. A mãe de Isabella decidiu abrir um perfil nas redes sociais "em memória, homenagem e recordação" da filha. Em algumas postagens, Ana Carolina conta como viveu e vive com o luto e a falta da menina e, também, como conseguiu recomeçar a vida após a tragédia. Neste sábado (23), ela abriu a ferramenta de caixa de perguntas no Instagram e respondeu a dúvidas e até a homenagens feitas pelos seus seguidores. Além de mostrar a foto do RG de Isabella, ela compartilhou uma imagem da época em que estava grávida da menina e disse ter um mural com lembranças da filha. Ana Carolina, que atualmente é casada e tem outros dois filhos, revelou que planejou a primeira gravidez. "Foi maravilhoso", escreveu. A mulher disse que conheceu o atual marido na comemoração dos 40 anos de um bar. Questionada sobre como foi para o homem se relacionar com "a mãe da Isabella Nardoni", ela respondeu que, antes de ele conhecer esse lado traumático dela, o marido a enxergou, primeiro, como "Ana Carolina". Ainda na caixa de perguntas, uma seguidora revelou que, quando aconteceu o caso de Isabella, ela estava grávida de oito meses e o pai era agressivo. Separada, ela diz ter decidido abrir mão da pensão por receio. Em resposta, Ana Carolina lamentou o que a mulher passou e disse que, apesar de a pensão ser um direito e uma obrigação, "às vezes é melhor ser feliz do que ter razão". "Para a sua saúde mental e para a qualidade de vida do seu filho, talvez tenha sido a melhor opção", opinou. A mãe de Isabella conta que precisou passar por muita terapia e tratamento para hoje conseguir falar abertamente sobre o caso. Apesar de a ferida pela perda da filha não fechar, a mulher passou a usar o trauma para ajudar outras pessoas. Em uma de suas postagens, uma seguidora afirmou que acompanhá-la a ajuda a superar a morte precoce do filho, de 14 anos. "Na época do horror em sua vida, eu não dormia, não queria saber de mais nada, só deles [pai e madrasta de Isabella] presos, já que a volta da Isa não era possível", escreveu a internauta. Em diversos outros comentários, as pessoas que acompanham Ana Carolina a descrevem como uma "mulher admirável", "pessoa de luz" e que tem "força e determinação de vida incríveis". Recentemente, outro caso emblemático veio à tona na vida da mãe de Isabella. Suzane von Richthofen, condenada por assassinar os pais, em 2002, teria a intenção de colocar o nome Isabella na filha que está esperando, para homenagear a menina assassinada pelo pai e pela madrasta. O assunto foi abordado em um podcast em que Ana Carolina participou, e ela rebateu dizendo que a filha não precisa de homenagem de alguém como Richthofen. "Ela precisa de homenagem boa, de pessoas que têm referência. Quem é você na fila do pão?", questionou.Relembre o caso Isabella Nardoni e veja a situação dos condenados pelo assassinato