Médico morto em frente ao filho na zona oeste de SP teria se rendido e dito para suspeitos 'levarem tudo'
Ronaldo Vidal voltava para casa acompanhado do filho Victor Said Vidal, de 13 anos, em um Mitsubishi ASX. Polícia busca suspeitos
São Paulo|Do R7
O médico Ronaldo Vidal, de 54 anos, morto após uma tentativa de assalto no Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na sexta-feira (2), teria se rendido e dito aos suspeitos 'para levarem tudo'. Segundo o boletim de ocorrência, o cunhado Cláudio Said e os policiais militares afirmam que o médico se rendeu e mesmo assim os homens dispararam. A polícia investiga o caso para encontrar os suspeitos.
No momento dos disparos, o filho da vítima Victor Said Vidal se abaixou e acabou sobrevivendo ao assalto. "As narrativas são uniformes no sentido de que houve o anúncio ao assalto e que a vítima se rendeu, mas por motivos ignorados um dos assaltantes efetuou um disparo", diz o documento.
Leia também
De acordo com o boletim de ocorrência, os fatos ocorreram por volta das 22h24. A região em que o assalto ocorreu é, segundo a polícia, predominantemente residencial. O veículo do médico era um Mitsubishi ASX de cor prata.
De acordo com a Polícia Militar, o homem voltava para casa acompanhado do filho de 13 anos no carro quando parou no farol vermelho em um cruzamento. Depois de ele ter parado, dois suspeitos em uma motocicleta se aproximaram e anunciaram o assalto.
Após a abordagem, as portas do veículo do lado do motorista e traseiras estavam abertas e com os vidros abaixados. A porta do passageiro estava fechada, com o vidro quebrado. A polícia apreendeu o celular do médico no carro.
Segundo as primeiras informações, a vítima teria feito menção de reagir e foi atingida por disparos feitos pelos assaltantes. Após os tiros, a dupla fugiu na moto e ainda não foi localizada. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento da fuga.
O corpo da vítima tinha dois ferimentos. O cunhado da vítima, Cláudio Said, informou desconhecer a existência de inimigos ou desafetos de Ronaldo. O local foi preservado para a chegada da perícia, que começou os primeiros trabalhos de investigação. Testemunhas serão ouvidas e eventuais novas imagens de câmeras de segurança, que possam ajudar a elucidar o crime, serão analisadas.