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Médicos paulistas trabalham mais de 50 horas semanais, diz pesquisa

A maioria dos médicos em SP atua com vínculo empregatício de pessoa jurídica, segundo levantamento feito com 778 profissionais

São Paulo|Da Agência Brasil

Dados estão na pesquisa 'A saúde do médico', divulgada nesta terça (18)
Dados estão na pesquisa 'A saúde do médico', divulgada nesta terça (18) Dados estão na pesquisa 'A saúde do médico', divulgada nesta terça (18)

A maioria dos médicos paulistas atua com vínculo empregatício de pessoa jurídica e trabalha mais de 50 horas semanais. Esses dados estão na pesquisa "A saúde do médico", divulgada nesta terça-feira (18) pela APM (Associação Paulista de Medicina).

O levantamento, feito com 778 profissionais, mostra ainda que 27% não praticam atividade física, um percentual que é quase o dobro da média nacional, de acordo com a Pesquisa Vigitel de 2021 — um inquérito telefônico feito pelo Ministério da Saúde. Também se destaca o percentual (18,25%) dos que disseram ter histórico de doença psiquiátrica.

A pesquisa foi feita por meio da ferramenta online Survey Monkey, entre os dias 19 e 29 de agosto deste ano. Dos respondentes, 53,2% são homens e 46,8%, mulheres. A margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais.

Mais da metade dos entrevistados (53%) são da capital paulista; 39%, do interior; e 8%, de outros estados. Cerca de 35% dos respondentes têm mais de 30 anos de profissão. As três especialidades mais comuns foram pediatria (10,54%), clínica médica (9,9%) e ginecologia e obstetrícia (7,2%).

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Em relação à carga horária, 25% dos médicos disseram que as jornadas semanais chegam a 50 horas, e 24,29% afirmaram que o limite, muitas vezes, ultrapassa 60 horas. O deslocamento para o trabalho também é um ponto de desgaste. Um a cada três profissionais leva até duas horas ou três horas por dia para se locomover. Cerca de metade percorre até 10 quilômetros por dia, mas a outra metade chega a percorrer de 20 a mais de 50 quilômetros no dia a dia.

A Covid-19 atingiu 68,63% da categoria em São Paulo. Cerca de 28% disseram não ter contraído a doença nenhuma vez, e 2,96% afirmaram não saber. Eles também enfrentam sintomas da Covid longa, como perda de memória, ansiedade, insônia, dores musculares e queda de cabelos, entre outros.

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A vacina, por sua vez, alcançou nove em cada dez profissionais, sendo que 58,61% tomaram quatro doses e 33,29% tomaram três. Dos profissionais que responderam ao questionário, 95% dizem não fumar, e 77,76% nunca fumaram.

Sobre o uso de medicamentos, 30% dos médicos consomem tranquilizantes, ansiolíticos e antidepressivos. Questionados, em uma questão de múltipla escolha, sobre doenças que têm ou tiveram no último ano, 44,09% relataram distúrbios de sono; 29,95%, cefaleia; 21,72%, distúrbios psicológicos; e 11,05%, disfunções sexuais.

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