Membro do PCC planejava ataque ao secretário de Segurança de SP, diz governo
Após a prisão de homem em maio, foi identificado que ele já era monitorado por fazer parte do plano de tentar assassinar Derrite
São Paulo|Do Estadão Conteúdo
A polícia de São Paulo prendeu um homem de 47 anos, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeito de participar de um plano para atacar o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O nome dele não foi divulgado e a defesa não foi localizada.
O suspeito foi preso em maio por policiais militares do Comando e Operações Especiais (COE) no bairro Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, e o caso veio a público nesta semana. Com ele, foram apreendidos dois fuzis, duas mil munições de grosso calibre, além de R$ 100 mil em espécie e pacotes de cocaína. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele possui envolvimento com roubo a bancos.
A operação que prendeu o suspeito não tinha relação direta com o planejamento do atentado. Após a prisão, o setor de Inteligência da Polícia Civil identificou que o criminoso já vinha sendo monitorado por fazer parte do plano de tentar assassinar Derrite.
A reportagem apurou que suspeito seria um dos participantes do plano, o que seria o responsável pelo ataque direto com o secretário. Os investigadores buscam outros participantes do plano.
”Após a prisão, identificou-se que o indivíduo fazia parte de um grupo que planejava um ataque contra o secretário da Segurança Pública”, confirmou a SSP.
De acordo com a polícia, o atentado seria uma reação do crime organizado às ações de repressão ao tráfico de drogas, principalmente na região central.
Em junho, as investigações da Operação Downtown mostraram que a facção construiu sua rede de hotéis e hospedarias no centro da cidade como uma reação às operações que buscavam desmantelar o fluxo de usuários que por mais de uma década se concentrou na Luz.
No dia 19 de agosto, o Ministério Público de São Paulo denunciou 11 pessoas por suspeita de envolvimento com as operações do PCC na Favela do Moinho, que segundo os promotores se tornou o QG de todo o “ecossistema criminoso” da facção no centro da cidade. A facção também teria montado na comunidade uma espécie de “centro de comando” do domínio exercido na região central, incluindo a Cracolândia.