Metrô de SP faz testes com detector de metais em estações
Em meio a onda de assaltos, companhia avalia mais uma medida para tentar diminuir a insegurança para os passageiros
São Paulo|Do R7
O Metrô de São Paulo iniciou nesta sexta-feira testes com o uso de detectores de metal. A iniciativa se dá em meio a uma onda de assaltos nas estações da companhia, que nesta semana exonerou seu chefe do setor de segurança.
Os testes começaram com o uso das torres de detecção de metais em frente às catracas das estações Pedro 2º, da Linha 3-Vermelha, e Saúde, da Linha 1-Azul. A ação contou com o apoio de agentes da Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano).
Nos próximos dias, um convênio será firmado com a Polícia Militar para a contratação de policiais militares em horários de folga. O objetivo é que eles reforcem a segurança nas estações. A medida já é adotada na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) desde 2020 e é semelhante à estratégia do governo de São Paulo também para o aumento do policiamento nas ruas, a chamada Operação Sufoco, iniciada em maio com a promessa de dobrar o número de agentes em ação.
Roubos e agressões
Os roubos vêm acontecendo em diferentes estações. Na última semana, houve registros de roubo na estação Sumaré, da Linha 2-Verde, e dentro de um trem entre as estações Sé e Pedro 2°, da Linha 3-Vermelha. As vítimas relatam que há pouca segurança e que em algumas situações são atacadas por adolescentes em grupo.
Na Estação Barra Funda, os relatos são de roubos em plataformas, trens e nas rampas de acesso. A designer Yukari Kamada afirmou que levou uma rasteira e que sua bolsa foi levada. “Eu estava caída, era só eles irem embora, só que não era o bastante, e começaram a me chutar.”
A região da avenida Paulista, que também conta com várias estações de metrô, é outro ponto de ataque. Em maio, um jovem foi esfaqueado em uma tentativa de assalto na estação Trianon-Masp.