![Estação da Luz, no centro de São Paulo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4PP2P6RDGFMXZNLMWHW37NEVR4.jpg?auth=d60d9ab16ff134c28e6d4c5bfec12d6df24b71ee3f378f94678ff813b7476838&width=1500&height=844)
Todas as linhas do transporte público sobre trilhos operam nesta quarta-feira (4), em São Paulo, após um dia de greve e pane no trem e no metrô. Na terça, (3) a população enfrentou filas e muito trânsito para conseguir se deslocar ao seu destino.
Os sindicatos que representam os trabalhadores do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram na noite de terça-feira (3) encerrar a greve. Assim, as nove linhas afetadas pela paralisação voltam a funcionar a partir de quarta (4).
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Também voltarão à normalidade outros serviços públicos, como as aulas em escolas estaduais, que foram suspensas na terça. O rodízio de veículos, válido nesta quarta para aqueles com placa com final 5 e 6, também será retomado.
Para tentarem minimizar as dificuldades, o Governo de São Paulo e a prefeitura da capital ainda decretaram ponto facultativo na terça-feira. Nesta quarta, o funcionamento das repartições públicas também será normalizado.
Caos
A cidade teve 767 km de congestionamento às 18h30 de terça, mais do que o registrado no mesmo horário na semana passada.
Além do impacto trazido pela greve, a linha 9-Esmeralda, administrada pela iniciativa privada, sofreu uma pane elétrica e teve trechos interrompidos à tarde e à noite. Um intervalo de 11 estações ficou sem operar, incluindo a estação Pinheiros, uma das mais movimentadas da cidade e ponto de interligação entre as linhas 9-Esmeralda e 4-Amarela do Metrô.
O entorno da estação Pinheiros ficou lotado de pessoas que se aglomeravam na tentativa de entrar em ônibus do Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).
A volta para casa produziu transtornos até o fim do dia, já que a greve foi realizada até as 23h59.
Polêmica sobre privatização
Os representantes dos metroviários, dos funcionários da CPTM e da Sabesp protestam contra a possibilidade de essas empresas serem privatizadas, conforme projetos estudados pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, Camila Lisboa, afirma que as privatizações não vão garantir maior eficiência do transporte coletivo nem economia ao estado. Ela citou como exemplo o aumento exponencial das falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, além dos episódios de descarrilamento, desde a privatização em janeiro do ano passado.
A gestão Tarcísio de Freitas, por sua vez, vem defendendo a possibilidade de privatizações como forma de melhorar e modernizar os serviços e diz que a população será ouvida sobre o tema.
A gestão de Tarcísio classificou a paralisação nos transportes e na Sabesp como ilegal e abusiva e disse que ela é feita com objetivos políticos. "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", declarou, em comunicado oficial.
Relembre o dia de casos de estações fechadas no transporte público de SP
A paralisação da CPTM, do Metrô e da Sabesp afeta cerca de 4,5 milhões de pessoas que usam os trens da Grande São Paulo nesta terça-feira (3). Nesta imagem, uma composição da CPTM chega à estação Tamanduateí, da linha 10-Turquesa, que também está parad...
A paralisação da CPTM, do Metrô e da Sabesp afeta cerca de 4,5 milhões de pessoas que usam os trens da Grande São Paulo nesta terça-feira (3). Nesta imagem, uma composição da CPTM chega à estação Tamanduateí, da linha 10-Turquesa, que também está parada. Siga em tempo real todas as notícias da greve