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'Meu mundo está preto e branco e sem sentido', diz mãe de Leandro Lo um mês após a morte dele

Campeão mundial de jiu-jítsu morreu após levar um tiro de um policial militar durante uma briga em clube na zona sul de SP

São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7

Mãe de Leandro, Fátima Lo, diz em publicação que ele foi 'o melhor filho do mundo'
Mãe de Leandro, Fátima Lo, diz em publicação que ele foi 'o melhor filho do mundo' Mãe de Leandro, Fátima Lo, diz em publicação que ele foi 'o melhor filho do mundo'

Um mês após a morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, que foi baleado na cabeça por um policial militar durante uma briga na zona sul de São Paulo, a família segue pedindo por justiça e fala sobre a falta que ele faz. "Meu mundo está preto e branco, sem graça e até sem sentido. Agora você é um anjo lindo no céu, sinto muita saudade da sua alegria", disse Fátima Lo, mãe do lutador, em uma homenagem postada nas redes sociais.

O crime ocorreu no Esporte Clube Sírio, no bairro Planalto Paulista, no dia 7 de agosto. O policial Henrique Velozo, acusado de ter atirado em Leandro, se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar, teve prisão decretada e foi encaminhado ao presídio Romão Gomes.

A morte do lutador causou comoção nacional e levantou a questão pública sobre se policiais militares devem ou não entrar em festas armados, já que, em locais como o Clube Sírio, cada participante é revistado por um segurança.

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Agora, o que resta à família e amigos de Lo são as lembranças. A irmã dele, Amanda, postou um vídeo com uma retrospectiva dos dois, com fotos da infância e momentos que viveram juntos. "Sempre cuidou tão bem de mim e esteve ao meu lado em todos os momentos. Sempre me apoiou em tudo, foi meu porto seguro e meu herói", escreveu.

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Ainda não houve o julgamento de Henrique Velozo para saber qual será a condenação dele, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo tornou o policial réu, e ele deve responder por homicídio triplamente qualificado. O processo tramita em segredo de Justiça.

O crime

Mesmo com os amigos de Leandro dizendo o contrário, o policial militar afirma que atirou contra ele por legítima defesa. O acusado diz que foi cercado por seis pessoas, então sacou a arma e atirou na vítima.

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Entretanto, as testemunhas afirmam que, após uma breve discussão, Henrique foi até a mesa de Leandro com alguns amigos e passou a fazer gestos com uma garrafa da mesa. O lutador então tirou a garrafa da mão do policial com um golpe e o derrubou, imobilizando-o. Amigos de Leandro Lo separaram a briga.

Em seguida, o agente de folga deu a volta na mesa, sacou uma arma e atirou na cabeça da vítima. Após o disparo, o policial chutou o lutador duas vezes e fugiu.

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Vídeos divulgados pela Polícia Civil registraram o policial militar em outra casa noturna e, em seguida, em um motel, depois de ter atirado na vítima.

Leandro Lo chegou a ser levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

*Estagiária, sob supervisão de Guilherme Padim

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