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Milionária é suspeita de pagar R$ 200 mil para matar o namorado

Empresária e um corretor de imóveis que prestava serviço para o casal foram presos nesta terça (29) pela morte de Vitor Jacinto

São Paulo|Rafael Custódio e Letícia Dauer, da Agência Record

Milionária e o namorado, que foi morto
Milionária e o namorado, que foi morto

Imagens de um circuito de segurança, exibidas no Jornal da Record desta terça-feira (29), fortalecem as suspeitas contra a empresária milionária Anne Cripirano Frigo, acusada de participação na morte do namorado, Vitor Lúcio Jacinto, no dia 17 de junho. Ela teria pago R$ 200 mil para um corretor de imóveis, que aparece no vídeo em frente à casa do casal, executar o crime.

A mulher foi presa nesta terça-feira, juntamente com o corretor Carlos Lex Ribeiro de Souza, por policiais civis do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), que cumpriram o mandado de prisão temporária expedido pelo Justiça de São Paulo.

De acordo com as investigações, a empresária é suspeita de planejar a morte de companheiro e o corretor executou o crime. Anne é herdeira de uma família de industriais, namorava a cerca de quatro anos e mantinha união estável com Vitor. O casal se conheceu por meio de um aplicativo de relacionamento. Na época, a vítima trabalhava como segurança em um restaurante. Quando começou a namorar, ele abandonou o emprego e começou a ser sustentado por ela.

De acordo com a delegada Magali Celeghin Vaz, do DHPP, o casal vivia uma vida luxuosa e tinha duas residências. Anne costumava morar com os filhos no bairro Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul de São Paulo, enquanto Vitor ficava em um imóvel em Alphaville, em Barueri, região metropolitana de São Paulo.


Ao longo do relacionamento, a vítima recebeu vários presentes caros, como relógios da marca Rolex, viagens para Europa, e um carro Porsche, avaliado em R$ 2 milhões. Até que, em determinado período, começaram a discutir muito, a ponto de chegar à separação. Consequentemente, Anne parou de sustentá-lo.

Mas as investigações apontam que, como estava sem dinheiro, Vitor decidiu retomar o relacionamento. As aporações indicam ainda que, enquanto tentavam voltar o namoro, a milionária descobriu várias traições, o que a motivou a planejar a morte de Vitor.


O corretor apontado como executor do crime atuava intermediando compras de carros, imóveis e terrenos para o casal. Segundo a delegada Magali, o corretor era um "faz-tudo" da família. Quando Anne descobriu os relacionamentos extraconjugais, ofereceu o dinheiro para ele matar seu companheiro.

Até que no dia 17 de junho, Carlos convidou Vitor para ver um terreno que estava à venda. A caminho do local, na rodovia Castelo Branco, o corretor pegou uma arma que estava no banco de trás do carro e deu um tiro pelas costas que acertou o coração.


Quando estava escurecendo, o executor levou o corpo até a represa do Guarapiranga, na zona sul da capital, de acordo com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, do DHPP. Em seguida, colocou combustível e ateio fogo no rosto e nos pés da vítima.

A polícia encontrou o corpo no dia seguinte. Após exames necroscópico, foi confirmado que a causa da morte foi um tiro no coração.

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Após o assassinato, Anne e Carlos começaram a usar o celular de Vitor, enviando várias mensagens, nas quais fingiam ser a vítima. Segundo a delegada Magali, em 19 de junho, dois dias depois do crime, foi o aniversário da milionária. Ela se passou por Vitor, enviando mensagens de felicitações. O intuito da dupla era criar um álibi e despistar a polícia.

Entretanto, a Polícia Civil descobriu que a vítima tinha o hábito de mandar muitos áudios e, após o dia 17, só foram enviadas mensagens escritas pelo seu celular, o que levantou suspeitas.

Na última sexta-feira (25), o DHPP solicitou a prisão temporária da dupla, que foi decretada nesta segunda-feira (28). Na manhã desta terça-feira, a dupla foi presa.

O carro e arma usados no crime também foram apreendidos. Dentro do automóvel, foi localizado o estojo da arma.

Na delegacia, Carlos, que não tem antecedentes criminais, confessou o crime e disse que receberia R$ 200 mil. Ele ainda afirmou que sua motivação foi financeira e que não tem relacionamento amoroso com a mulher.

Até o momento, Anne se recusou a falar e seus advogados pediram para ela ser ouvida apenas nesta quarta-feira (30).

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