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Ministério Público de São Paulo lança novo canal para denúncias

Com o aplicativo Linha Direta, cidadão poderá denunciar casos de violência sexual e corrupção, de forma anônima ou identificada

São Paulo|da Agência Brasil


Na última terça-feira (13/8) MPSP também inaugurou estúdio para ampliar comunicação
Na última terça-feira (13/8) MPSP também inaugurou estúdio para ampliar comunicação

O Ministério Público do Estado de São Paulo lançou nesta quarta-feira (21) um novo canal para o cidadão registrar denúncias de violência sexual e corrupção, identificadas ou anônimas, por meio do aplicativo Linha Direta, disponível gratuitamente nas versões Android e iOS.

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Segundo o MPSP, o objetivo é que o novo canal seja mais um instrumento de controle social da corrupção, para que o cidadão tenha segurança e respaldo para denunciar, não importando a gravidade. Posteriormente denúncias sobre outros crimes também poderão ser feitas. Todos os registros serão analisados pelo Centro de Apoio Operacional Criminal do MPSP, que fará o envio à Promotoria de Justiça responsável.

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"Nós vamos avançar para usar essa tecnologia para todos os demais crimes que considerarmos prioridade na atuação do Ministério Público. Por enquanto, as grandes prioridades são esses dois temas que são questões graves para o estado, para o país", disse o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio.


O Linha Direta já funciona no Rio de Janeiro como aviso emergencial, ligado à Polícia Militar do estado.

Com a parceria pioneira entre o app e o Ministério Público de São Paulo, o cidadão poderá reunir detalhes e enviar provas de casos de corrupção para análise e possível investigação pelas promotorias de Justiça do estado. Toda a nova tecnologia para denúncias foi elaborada gratuitamente pelo Linha Direta.


Segundo o coordenador do Centro de Tecnologia do MPSP, Laércio Carrasco, ao clicar no botão do MP, um formulário será aberto para preenchimento. Caso a denúncia seja identificada, será preciso preencher alguns dados pessoais, incluindo o e-mail para onde serão enviadas informações sobre o andamento do processo. Em seguida haverá espaço para anexar documentos (vídeos, textos, fotos), que servirão como provas para a denúncia. Caso seja um comunicado anônimo, não será preciso informar dados pessoais, apenas anexar as provas.

"Nesse caso é obrigatório que a pessoa anexe as provas, porque a partir daí é que teremos uma pista de como começar o trabalho dos promotores e a investigação. Uma denúncia sigilosa que não vem com o mínimo de informação necessária torna muito difícil iniciar alguma investigação", explicou Carrasco.


Linha Direta

De acordo com o criador do Linha Direta, Leonardo Gandelman, o aplicativo começou a partir da necessidade de criar uma ferramenta para auxiliar na segurança do local onde ele vivia. Com o sucesso, o alcance foi ampliado. Por meio do aplicativo, no qual são colocados dois contatos de emergência da própria agenda do usuário, quando há necessidade, basta acionar o botão, gravar em dez segundos o que está acontecendo e marcar o local. Em seguida o aplicativo é fechado automaticamente, sem deixar pistas de que foi acionado.

"Se o autor da violência pegar seu celular, ele não sabe que você passou o alerta. Em mais de 70% dos testes que fizemos os próprios vizinhos, pessoas próximas, conseguiram debelar aquela situação. Ou seja, não precisou nem do auxílio da polícia em muito casos. A própria comunidade consegue fazer com que a segurança melhore, não dependendo só da polícia", explicou.

Gandelman garantiu que os dados fornecidos no cadastro são sigilosos e não são repassados para ninguém. As denúncias também só são vistas pelo MPSP.

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