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Ministério Público pode pedir prisão de Thiago Brennand após empresário não voltar ao Brasil

Ele viajou para Dubai em setembro, depois de se tornar réu ao aparecer em vídeo agredindo mulher em academia de São Paulo

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Empresário não se apresentou à Justiça para entregar passaporte
Empresário não se apresentou à Justiça para entregar passaporte Empresário não se apresentou à Justiça para entregar passaporte

O Ministério Público de São Paulo pode pedir a prisão preventiva de Thiago Brennand Fernandes Vieira, acusado de agredir uma modelo em uma academia em agosto, após o empresário não ter se apresentado à Justiça para entregar o passaporte. O prazo para que ele comparecesse ao fórum e entregasse o documento se encerrou na sexta-feira (23). 

"Isso demonstra o descumprimento à ordem judicial. Temos confiança que o Ministério Público e a juíza de direito tomem as medidas cabíveis a partir de agora", afirmou ao R7 Márcio Cezar Janjacomo, assistente de acusação.

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Agora, o Ministério Público avalia a possibilidade de pedir a prisão preventiva uma vez que ele descumpre uma ordem judicial. Caso seja feito, o pedido passa, então, pela juíza responsável pelo caso, Erika Soares de Azevedo Mascarenhas, que poderá acolher ou não.

Uma vez deferido o pedido de prisão preventiva, e caso o empresário continue sem se apresentar à Justiça, Thiago Brennand passa a ser considerado foragido e a ter o nome na lista de procurados pela Interpol. A partir disso, todos os países signatários de tratados de extradição podem enviá-lo de volta ao Brasil.

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A reportagem procurou os advogados de defesa do empresário, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. 

Decisão da Justiça

A Justiça de São Paulo determinou na sexta-feira (9) que o empresário Thiago Brennand, de 42 anos, volte ao Brasil no prazo de dez dias. Ele viajou para Dubai, nos Emiradores Árabes. O prazo para a decisão, publicada no dia 13 de setembro, venceu na sexta-feira (23).

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A decisão judicial determina também que Thiago entregue seu passaporte assim que chegar ao Brasil. O descumprimento das medidas pode gerar o pedido de sua prisão preventiva. No parecer, a juíza Erika Soares de Azevedo Mascarenhas afirmou que há elementos suficientes para a abertura de processo e que o empresário teria um prazo de dez dias para responder por escrito às acusações a ele atribuídas.

No documento da decisão judicial constam trechos de depoimentos de outras vítimas, que fundamentam as acusações de agressão e comportamento violento de Thiago.

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Apreensão de armas

A Polícia Civil apreendeu mais de 50 acessórios de armas de fogo do empresário. O material foi encontrado no Centro Equestre da Fazenda Boa Vista, condomínio localizado na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, onde o empresário morava antes de sair do país.

O 15° Distrito Policial, responsável pelas investigações, recebeu a informação de que o homem teria escondido inúmeros acessórios, armas, munições e outros objetos ilegais no imóvel em que vivia.

Na sexta-feira (9), um mandado de busca e apreensão foi cumprido no condomínio, onde as equipes encontraram uma mala fechada com cadeado, com 54 acessórios de armas de fogo, aparentemente ilegais. Não foram localizadas armas nem munições.

Lunetas de longo alcance e mira a laser estão entre os itens apreendidos, que são encaminhados à Polícia Científica. A perícia vai determinar se os acessórios são de uso permitido ou restrito.

Agressão a modelo

A modelo Helena Gomes foi agredida fisicamente por um empresário em uma academia de luxo no Jardim Paulistano, bairro da zona oeste da capital paulista, no dia 3 de agosto. A academia Bodytech está localizada na área interna do Shopping Iguatemi, na avenida Brigadeiro Faria Lima.

Câmeras de segurança registraram o momento da agressão e de mulheres que estavam na academia defendendo a vítima. As imagens mostram a modelo empurrada com força. Em seguida, duas pessoas aparecem para ajudá-la. Na sequência, o empresário puxa os cabelos da vítima.

Segundo as imagens, a agressão se encerra somente depois que os frequentadores da academia separaram o agressor da vítima. Na ocasião, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública) disse que o caso era apurado como lesão corporal e injúria pelo 15° Distrito Policial do Itaim Bibi.

A academia Bodytech afirmou que "prestou apoio à vítima, segue colaborando com as autoridades competentes e que repudia qualquer ato de violência".

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