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Moradores pedem paralisação de obras do Metrô em SP após descoberta de sítio arqueológico

Eles criaram o manifesto com o objetivo de interromper as obras e nomear estação na Bela Vista como 'Saracura/Vai-Vai' 

São Paulo|Nayara Paiva, da Agência Record

Obra é localizada na região da avenida Nove de Julho, na Bela Vista
Obra é localizada na região da avenida Nove de Julho, na Bela Vista

Um grupo de moradores do bairro do Bixiga, no centro de São Paulo, pede a paralisação das obras da futura estação 14-Bis, da Linha 6-Laranja do Metrô, após encontro de um sítio arqueológico.

A obra, localizada na avenida 9 de Julho, no cruzamento com a rua Doutor Lourenço, na Bela Vista, é uma das 15 estações construídas e administradas pela concessionária LinhaUni.

Durante as primeiras sondagens, a empresa localizou a propriedade histórica com peças do fim do século 19. Diante disso, o local foi cadastrado no Iphan (Instituto Histórico e Artístico Nacional).

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Mesmo assim, as obras continuam sendo realizadas e preocupam os moradores, que pretendem preservar o "Sítio Arqueológico Saracura" — nomeado em homenagem ao antigo povo quilombola que morava na região.


Moradores e profissionais se organizaram e escreveram o Manifesto Saracura/Vai-Vai, que visa lutar pela paralisação das obras até que uma solução evite a destruição do local. O grupo fez a solicitação ao Judiciário, Ministério Público, Governo do Estado, Prefeitura de São Paulo e aos órgãos de preservação e proteção.

Além disso, o manifesto pede a troca do nome de estação "14 Bis" para "Saracura/Vai-Vai", para representar a população que morava no bairro antes de migrar para outras zonas da cidade.


O outro lado

Em nota, a Linha Uni informou que, por meio da contratação de uma empresa especialista em arqueologia e com autorização do Iphan, "a empresa trabalha na caracterização da descoberta de um sítio arqueológico, ocorrida em abril, na área da futura estação 14 Bis da Linha 6-Laranja do Metrô, com o objetivo de colaborar com a preservação da herança cultural do país".

Os vestígios estão a aproximadamente três metros de profundidade e serão retirados, por meio de uma escavação arqueológica, para pesquisa e análise dos materiais após a execução das paredes de contenção do local como medida de segurança.


Segundo a Linha Uni, "o local onde os vestígios foram encontrados está preservado, não havendo a necessidade de interrupção das obras na futura estação".

*Estagiária, sob supervisão de Letícia Dauer

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