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Morre aos 86 anos Doca Street, assassino de Ângela Diniz

Raul Fernando do Amaral Street matou a socialite em 1976 após término do relacionamento. Ele alegou que legítima defesa da honra 

São Paulo|Do R7

Morreu na tarde desta sexta-feira (18), aos 86 anos, em São Paulo, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, assassino da socialite Ângela Maria Fernandes Diniz. De acordo com informações de pessoas próximas, ele estava internado no Hospital Samaritano, em Higienópolis, na zona oeste da capital, onde sofreu uma parada cardíaca. 

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Doca Street em foto de 18 de janeiro de 1977
Doca Street em foto de 18 de janeiro de 1977

O assassinato de Ângela Diniz aconteceu em 30 de dezembro de 1976. Ângela tentou terminar o relacionamento e colocou Doca para fora da casa dela, na Praia dos Ossos, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Foi morta com quatro tiros na cabeça depois de uma discussão. Ele alegou que cometeu um ato de legítima defesa da honra. 

No julgamento, em 1980, o advogado Evandro Lins e Silva alegou que "o fato foi provocado pela vítima", uma "mulher fatal" que "encanta, seduz, domina" e uma "Vênus lasciva", enquanto Doca era um homem dominado pelo ciúme e "apaixonado perdidamente". Condenado a dois anos de prisão, ele cumpriu apenas parte da pena por ser réu primário. Um segundo julgamento foi convocado, e Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Cumpriu três no regime fechado, dois no semiaberto e dez em liberdade.


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Em 2006, ele relatou o caso no livro "Mea Culpa - O depoimento que rompe 30 anos de silêncio", que reúne anotações do tempo de prisão e detalhes da véspera de Ano Novo que chocou o país. O livro, criticado pela família da vítima. aborda o período entre 1976, quando começa seu caso com Ângela, e 1987. Este ano, o podcast Praia dos Ossos, sobre o assassinato, publicou uma entrevista com Doca, em que ele afirma que a mulher que matou é um mito e não deixará de ter admiração por ela, e que o crime acabou com a vida dela e com a dele.

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