Motoristas de ônibus suspendem paralisação marcada para segunda em São Paulo
Na terça-feira (7), sindicatos e prefeitura farão mais uma reunião, na qual será apresentada nova proposta de acordo salarial
São Paulo|Do R7
Os motoristas de ônibus suspenderam a greve marcada para a madrugada da próxima segunda-feira (6) na cidade de São Paulo. A decisão veio após reunião na tarde desta sexta-feira (3) na sede do Tribunal Regional do Trabalho, da qual participaram o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas de Ônibus), o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros) e a SPTrans, da Prefeitura de São Paulo.
Na próxima terça-feira (7), deverá ocorrer uma nova reunião entre as partes, na qual será apresentada proposta de acordo. Segundo a prefeitura, existe o compromisso de que não haverá nenhuma paralisação sem que o TRT seja informado antes.
Entre os pedidos dos trabalhadores que motivaram a greve estão o reajuste salarial de 12,47% mais aumento real, fim da hora de almoço não remunerada, participação nos lucros (PLR), fim do desconto no vale-refeição quando os trabalhadores entregam atestado médico e melhorias no plano de saúde.
"Nos preocupamos e não temos o menor interesse de prejudicar a população de São Paulo, mas também não podemos deixar de defender os interesses da categoria. Se as negociações não avançarem, a greve vai acontecer", informou em nota o Sindmotoristas nesta sexta, após anunciar a suspensão da greve.
Pesa contra a pressão dos trabalhadores uma liminar obtida na Justiça de São Paulo, a pedido da SPTrans. A decisão determinou a manutenção de 80% da frota de ônibus em operação nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
"A SPTrans espera que o acordo seja cumprido e ressalta que a decisão liminar segue válida. A empresa continuará acompanhando as negociações trabalhistas entre os operadores de ônibus e as empresas concessionárias e espera que haja entendimento entre as partes, para que a população de São Paulo não seja prejudicada", informou o órgão.