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Motoristas e cobradores de ônibus fazem segunda greve do mês em SP

Categoria volta a parar por falta de acordo sobre pagamento e benefícios; o rodízio na cidade está suspenso e faixas e corredores de ônibus estão liberados

São Paulo|Do R7

Sindicato promete 'greve total' para esta quarta-feira
Sindicato promete 'greve total' para esta quarta-feira

O Sindmotoristas, sindicato que representa motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista, anunciou uma nova greve de ônibus a partir da 0h desta quarta-feira (29). A decisão ocorreu depois que uma reunião entre os trabalhadores e o sindicato patronal terminou sem acordo na tarde desta terça-feira (28). 

A Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio municipal está suspenso. Carros com placas com final 5 e 6 poderão circular pelo centro expandido em qualquer horário. As faixas exclusivas e corredores de ônibus ficarão liberados para circulação de carros de passeio enquanto durar a greve.

A SPTrans, empresa municipal que administra o serviço de ônibus na cidade, disse lamentar a decretação de greve de forma "inoportuna" por parte do Sindicato dos Motoristas, antes mesmo do julgamento do mérito da negociação entre funcionários e o sindicato patronal pelo Tribunal Regional do Trabalho. O Executivo municipal solicitou à Justiça o aumento da multa diária de R$ 50 mil.

Ainda segundo relatório da SPTrans, atualizado às 4h, 62 linhas do período noturno estavam operando normalmente, enquanto 88 estavam inoperantes.


Relação de empresas com as linhas do período noturno paralisadas

- Mobibrasil (Zona Sul)


- Gato Preto (Zona Norte)

- Metrópole (Zona Leste)


- Viação Grajaú (Zona Sul)

- Transpass (Zona Oeste)

- Gato Preto (Zona Oeste)

- Via Sudeste (Zona Leste)

- Santa Brígida (Zona Norte)

- KBPX (Zona Oeste)

- Ambiental (Zona Leste)

- Campo Belo (Zona Sul)

- Gatusa (Zona Sul)

- Metrópole (Zona Sul)

Relação de empresas com as linhas do período noturno em operação parcial

- Sambaíba (Zona Norte)

Relação de empresas com as linhas do período noturno em operação normal

- Express (Zona Leste)

- Norte Buss (Zona Norte)

- Spencer (Zona Norte)

- Transunião (Zona Leste)

- UPBUS (Zona Leste)

- Pêssego (Zona Leste)

- Allibus (Zona Leste)

- Transunião (Zona Sudeste)

- MoveBuss (Zona Leste)

- A2 Transportes (Zona Sul)

- Transwolff (Zona Sul)

- Transcap (Zona Oeste)

- Alfa Rodobus (Zona Oeste)

Nova paralisação

Já são dois meses de negociação, com uma paralisação no último dia 14 que afetou 2,7 milhões de pessoas e causou transtorno a moradores da capital paulista.

"Os patrões não atenderam às reivindicações, e a greve é total", afirmou ao R7 o presidente em exercício do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas de Ônibus) de São Paulo, Valmir Santana da Paz. O posicionamento difere do que se verificou na última paralisação — na ocasião, o sindicato afirmava que realizaria a greve "com responsabilidade" para não prejudicar a população.

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Também pesa contra a paralisação ampla a determinação judicial obtida pela Prefeitura de São Paulo. A liminar determina a manutenção de 80% da frota em operação nos horários de pico e de 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

No dia 14, os motoristas conseguiram o atendimento de uma de suas reivindicações algumas horas depois de desrespeitarem a determinação: o reajuste do salário de 12,47% retroativo a maio. O gasto extra foi garantido pela prefeitura, que se comprometeu a liberar subsídios às empresas de ônibus para o pagamento dos trabalhadores. A greve foi então suspensa para que continuassem as negociações.

O sindicato dos motoristas argumenta que, nos dias seguintes, outros pedidos — como a hora de almoço remunerada, PLR (participação nos lucros) e plano de carreira do setor de manutenção — continuaram a ser ignorados. Por isso, o grupo decidiu anunciar nova greve. Esses aspectos ainda continuavam em negociação entre trabalhadores e o sindicato patronal no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Em nota, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros) também lamentou "mais uma greve com terríveis consequências para a mobilidade da população" e relembrou a determinação da Justiça referente à manutenção da frota.

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