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MP pede a reconstituição de assassinato de gamer em São Paulo

Soliticação, feita nesta terça-feira (2) visa desvendar a dinâmica do assassinato em que Guilherme Alves Costa, de 18 anos, é réu

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Ingrid, de 19 anos, foi brutalmente assassinada em São Paulo
Ingrid, de 19 anos, foi brutalmente assassinada em São Paulo Ingrid, de 19 anos, foi brutalmente assassinada em São Paulo

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) solicitou nesta terça-feira (2) a realização da reconstituição da morte do assassinato da gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos, morta a golpes de faca e espada pelo amigo e também jogador de videogame Guilherme Alves Costa, de 18 anos, que está preso pelo crime — praticado no dia 22 de fevereiro na casa do acusado, em Pirituba, zona norte de São Paulo (SP).

O promotor do 5º Tribunal do Juri Fernando Cesar Bolque, responsável pela denúncia — já aceita pela Justiça —, afirma que o procedimento será importante para desvendar detalhes do crime, especialmente em razão de Guilherme, agora réu em um processo por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e meio cruel), ter se mantido em silêncio durante a fase de inquérito policial.

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"Para saber a dinâmica do fato, como ele aconteceu, a que horas [a vítima] entrou na casa, se houve briga. Como ele não se manifestou na delegacia, se participar, vamos ter alguns elementos [para esclarecer o crime]", complementou o promotor.

Fernando Cesar Bolque, que classificou o crime como bárbaro, de "motivação extremamente nebulosa e praticado com extrema crueldade", já havia pedido um exame de insanidade mental no jovem. A solicitação também está sob análise.

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Prazos judiciais

De acordo com a Promotoria, o juiz responsável pelo processo determinou um prazo de dez dias para a resposta da defesa do réu, mas ainda não se manifestou sobre o pedido de reconstituição. Também não há datas estabelecidas para os depoimentos de testemunhas.

Suposta ameaça à blogueira

O promotor de Justiça Fernando Cesar Bolque também se manifestou, nesta terça-feira, em relação a uma suposta ameaça à vida da professora bloqueira e feminista Lola Aronovich que teria partido de Guilherme.

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Para ele, o jovem não poderia ser o autor das ameaças, pois já se encontrava detido na delegacia e sem o celular quando as mensagens foram enviadas. O promotor acrescentou que o e-mail utilizado para ameaçar a blogueira é falso e não rastreável. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

O caso

A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de mulher esfaqueada. No local, acharam a vítima com diversas facadas. O óbito foi constatado por uma equipe do resgate.

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Após ferir a vítima, o estudante e acusado pelo crime fugiu do local. O irmão dele contou que encontrou a jovem já desmaiada ao chegar em casa. Ele não a conhecia. O suspeito disse ainda aos familiares que iria cometer suicídio, mas que o seu irmão o teria convencido a se entregar.

Ao se apresentar à polícia meia hora após o crime, Guilherme confessou o assassinato. Durante a gravação de um vídeo, o jovem foi perguntado sobre a motivação para o crime. "Porque eu quis", respondeu. Ele ainda disse que sua sanidade mental estava apta e reiterou que assassinou a jovem por vontade própria.

Os agentes conseguiram uma cópia do suposto livro escrito por Guilherme, que foi anexada ao inquérito policial. O celular foi apreendido. O caso foi registrado como homicídio qualificado no 87º DP (Vila Pereira Barreto).

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