O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a promotoria do Ministério Público realizaram, na manhã desta terça-feira (23), a Operação Santo Remédio, que combate irregularidades na terceirização da saúde em Cachoeria Paulista, a 215km da capital.
A operação do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) é resultado de uma investigação que apura falhas na contratação de empresas terceirizadas responsáveis pela gestão da saúde de Cachoeira Paulista. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Dentre os alvos, estava a sede da prefeitura.
"Hoje eles [Gaeco e promotoria] vieram aqui na prefeitura e levaram todas prestações de contas, contrato e acesso aos dados que temos sobre a ISEC (Instituto de Saúde Educação e Comércio). A operação foi voltada exclusivamente à ISEC e não à prefeitura", disse a secretária municipal de negócios jurídicos da Prefeitura de Cachoeira Paulista Gisele Fernandes.
Além dos promotores de Justiça e do Gaeco, participam da ação policiais militares, civis e servidores do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Segundo Gisele, a prefeitura já havia notificado a empresa por conta da prescrição do contrato sobre a gestão da saúde no município. "Eles que contratavam médicos e outros servidores de saúde. Mas agora já estamos com concsuros públicos prontos para contratar novos funcionários."
O prefeito Edson Mendes Mota não está na cidade, mas voltará na quarta-feira (24). "Mesmo assim, falamos com ele sobre a operação, passamos os detalhes e assim que ele chegar vamos nos reunir para saber como vai ficar o contrato com a ISEC", disse Gisele.
Outras operações
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) também cumpre outros nove mandados em Suzano, Mogi das Cruzes e na capital paulista, todos ligados a empresas envolvidas na terceirização.
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O ISEC (Instituto de Saúde Educação e Comércio) foi contratado pela gestão em 2017. O contrato para a Organização Social administrar a saúde de Cachoeira Paulista girava em torno de R$ 7 milhões por mês. Há suspeita de desvio de recursos, corrupção e falsidade ideológica no processo de contratação.
*Estagiário do R7, com supervisão de Ingrid Alfaya