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MP-SP denuncia gamer que matou amiga por rivalidade em jogo

Promotoria entregou relatório à Justiça nesta quinta-feira (25) contra estudante de 18 anos por homicídio duplamente qualificado

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Ingrid, de 19 anos, foi morta pelo amigo por causa de um jogo de videogame
Ingrid, de 19 anos, foi morta pelo amigo por causa de um jogo de videogame

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) ofereceu denúncia à Justiça nesta quinta-feira (25) contra o estudante Guilherme Alves Costa, de 18 anos, que matou a amiga Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19, a facadas e golpes de espada porque a jovem "atravessou o seu caminho" em um jogo de videogame. O crime foi praticado na última segunda-feira (22), na casa do acusado, em Pirituba, na zona norte de São Paulo.

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O promotor de justiça do 5º Tribunal do Júri Fernando Cesar Bolque acusou o suspeito pelo crime de homicídio (artigo 121 do Código Penal) com duas qualificadoras: motivo torpe e meio cruel. "A motivação do crime foi fútil, posto que o denunciado afirmou a seu irmão que teria cometido o delito porque a vítima 'teria atravessado seu caminho'. Ainda se colhe das imagens retratadas acima a absoluta crueldade do delito", escreveu o promotor em seu relatório.

A Promotoria de Justiça também solicitou a realização de um exame de insanidade mental no acusado, em razão da sua frieza ao gravar um vídeo no qual estava rindo pela morte bárbara e também por um livro que supostamente teria escrito, "sugerindo certo desvio de comportamento (ainda incerto quanto à natureza e grau)."

Na denúncia, o promotor diz que, "embora tenha se mantido em silêncio quando de seu interrogatório policial, o próprio denunciado gravou um vídeo na cena do crime afirmando 'olha só que maravilha...', rindo na sequência e arrematando 'é... já era... partiu'. No mesmo vídeo, o denunciado afirma que 'vocês acham que é tinta ou algo do tipo, mas não... eu realmente matei ela'."


Vítima e acusado teriam se conhecido há cerca de um mês pela participação de ambos em jogos eletrônicos pela internet. No dia do crime, Ingrid foi até a casa de Guilherme, que fugiu após ferir a amiga. O irmão do acusado encontrou a jovem desmaiada na casa.

O MP também concordou com o pedido de quebra de sigilo telefônico do acusado para investigar o conteúdo no celular que foi apreendido. O material escrito por Guilherme também foi apreendido e é objeto de perícia. O caso foi registrado no 87º DP (Vila Pereira Barreto) como homicídio qualificado.

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