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Mulher diz ter sido estuprada em SP pelo primo, que é policial civil

Vítima teria passado mal após consumir bebida alcoólica em excesso; em vez de transportá-la para um hospital, o acusado a levou para a própria casa 

São Paulo|André Carvalho, da Agência Record

Mulher e o acusado estavam em uma festa de família em condomínio da Vila Carrão
Mulher e o acusado estavam em uma festa de família em condomínio da Vila Carrão

Uma motorista de 37 anos disse, em denúncia à polícia, que foi estuprada pelo próprio primo, que é policial civil e atua no 10º DP (Penha). O caso ocorreu no dia 7 de agosto, quando eles estavam em um churrasco de família.

De acordo com a mulher, a festa ocorreu em um condomínio na vila Carrão, zona leste de São Paulo. Todos que participavam da confraternização teriam consumido bebidas alcoólicas em excesso, inclusive a vítima.

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Conforme relatado à reportagem, ela teria começado a passar mal no fim da tarde. Sentiu fraqueza e chegou a desmaiar, momento em que o acusado e um outro primo decidiram levá-la a um hospital.

Os primos a colocaram no carro, mas o policial civil não deixou o homem acompanhá-los e fugiu sozinho com a mulher.


Preocupado, o primo da vítima que foi impedido de levá-la ao hospital entrou em um outro veículo para persegui-los, porém não teve sucesso. Ele voltou ao condomínio para informar o caso à polícia, mas teve o celular quebrado pelo sobrinho do acusado.

A mulher conta que, em vez de ter sido levada ao hospital, foi para a casa do homem, passou a noite lá e, sem condições de reagir, foi estuprada. Ela só foi liberada na manhã do dia seguinte, em frente ao prédio onde o churrasco aconteceu.


Ela foi até a Delegacia da Mulher, em Arujá, no mesmo dia, mas não conseguiu registrar o boletim de ocorrência porque o sistema da polícia estava indisponível. Apenas no dia 9 o caso foi encaminhado para a 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé.

A motorista realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, mas ainda não recebeu o resultado. Também foi orientada a passar por consulta médica no Hospital Pérola Byington, na região central de São Paulo, onde foi medicada.

Em relato à reportagem, ela diz que até o momento, quase um mês após o estupro, ninguém da delegacia entrou em contato. A mulher afirma que denunciou o crime devido ao fato de o primo ser policial civil e por temer represálias.

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