Mulher que morreu atingida por rojão na Praia Grande (SP) decidiu viajar 'de última hora', diz amiga
Segundo Daniela Fernandes, Elisangela Tinem planejava estar mais próxima dos filhos em 2023 e voltaria do litoral na quarta-feira (4)
São Paulo|Sandra Lacerda, do R7
Uma decisão de última hora para ficar mais próxima à família se transformou em uma tragédia para amigos e familiares da auxiliar administrativa Elisangela Tinem, que, durante a virada do ano, foi atingida por um rojão. O artefato se prendeu na roupa que ela usava e explodiu. A mulher, de 38 anos, morreu na Praia Grande, no litoral de São Paulo, e deixou dois filhos, um de 18 anos e outro de 13.
Daniela Fernandes, amiga de Elisangela, afirmou à reportagem que conversou com ela pela última vez em um grupo de amigas no WhatsApp, na tarde do dia 31 de dezembro, horas antes de a tragédia ocorrer.
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Na mensagem, Elisangela contou que a família havia decidido ir à praia de última hora e que a mãe e as irmãs chegaram cerca de uma semana antes dela. A volta estava programada para a quarta-feira (4). Além disso, a jovem e as amigas planejavam se encontrar dia 8 de janeiro, para celebrar o ano novo.
As expectativas de Elisangela para 2023, segundo Daniela, eram as mesmas de todos os outros anos: manter o compromisso e a atenção com a família. “Eli vivia em função dos filhos. Tudo o que a gente via ela planejar era em função deles. Eles eram tudo para ela”, disse a amiga.
Daniela e Elisangela trabalharam juntas, entre 2018 e 2020, em uma distribuidora de medicamentos, como assistentes comerciais. Elas foram despedidas devido à pandemia, mas a amizade continuou. “A Eli era minha parceira de vida! Parceira de balada, de trabalho, de tudo. Ela era muito querida e muito amada por todos”, disse.
A amiga lembra que recebeu a notícia da morte de Elisangela por meio de uma mensagem no WhatsApp enviada às 6h do dia 2 de janeiro pela tia da jovem. “Ela escreveu: ‘Infelizmente a Elisangela morreu na virada do ano’, não teve filtro nenhum”, disse.
“O que mais me deixa indignada é que ela estava em uma fase muito boa na vida dela. Estava feliz com o emprego, estava feliz com os filhos, com toda a família e os amigos. Só fica a saudade agora, e as boas lembranças”, afirma a amiga.