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Novo prefeito fecha equipe para governar São Paulo

Parte das secretarias serão comandadas por pessoas sem partido

São Paulo|Do R7

Priorizando quadros técnicos e, ao mesmo tempo, contemplando

uma ampla base aliada, o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) completou seu secretariado nesta quinta-feira (14), com participação recorde de partidos. Foram apresentados Osvaldo Spuri, que assumirá a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, e o vereador Ricardo Teixeira (PV), que substituirá o colega Roberto Tripoli à frente do Verde e Meio Ambiente. A capital ainda ganhará uma Controladoria-Geral, para fiscalização da gestão.

A lista final revela que 11 secretarias — quase metade das 26 — serão comandadas por pessoas sem filiação partidária. Duas delas, porém, foram sugeridas por siglas aliadas: José Floriano de Azevedo Marques Neto, que comandará a Habitação, é indicação do PP, enquanto o titular da Segurança Urbana, Roberto Porto, é da cota pessoal do vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB.

Além do PT, os outros escolhidos estão divididos entre seis partidos, que vão compor o que Haddad chama de governo de coalizão — o mais diversificado dos últimos 26 anos. São nove nomes nesse bloco aliado.


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A maioria com experiência no Executivo ou com desempenho considerado bom pelo futuro prefeito em seus campos de atuação. É o caso, por exemplo, do vereador Netinho de Paula (PCdoB), escalado para comandar a nova Secretaria da Igualdade Racial. Completam a lista o PSB e o PTB.


O PT ficou com oito secretarias. Entre elas estão algumas das de maior orçamento, como Saúde e Transportes. Já os aliados terão, segundo Haddad, corresponsabilidade na gestão de São Paulo, a fim de evitar o chamado "toma lá, dá cá".

As escolhas incluem representantes que fizeram parte da administração Gilberto Kassab (PSD) e até apoiaram o tucano José Serra nas eleições, como integrantes do PV e PSB.


De acordo com o professor de Administração Pública da FGV ( Fundação Getúlio Vargas), Marco Antônio Carvalho Teixeira, ele tenta equilibrar nomes eminentemente técnicos com indicações necessárias para conseguir fazer um governo de coalizão.

— A origem do Haddad também não é política 'stricto sensu'. Ele passou por vários cargos técnicos.

Com os secretários definidos, Haddad parte agora para a formação do segundo escalão. A ordem já está dada: os subprefeitos poderão ter indicação política, mas também terão de obedecer a alguns critérios. A prioridade é colocar engenheiros nas administrações regionais.

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