Novo superintendente da PF em São Paulo toma posse
Rogério Giampaoli está há quase 30 anos na instituição. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, participou da cerimônia
São Paulo|Da Agência Brasil
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, empossou nesta terça-feira (7) o novo superintendente da corporação em São Paulo, o delegado Rogério Giampaoli, que substitui Rodrigo Piovesano Bartolamei. A solenidade foi realizada no auditório da Superintendência da PF, na capital paulista.
Rogério é bacharel em direito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas e especialista em segurança pública pela Universidade do Tocantins. Foi chefe das Delegacias Descentralizadas de Polícia Federal em Jales, Araçatuba e Sorocaba (São Paulo). Atuou como chefe do Núcleo de Inteligência da Delegacia de Polícia Federal em Campinas (SP). Foi coordenador do comando de operações táticas Cote e coordenador-geral de Inteligência e Contra-Inteligência da Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos).
Em seu discurso de posse, Giampaoli afirmou que os desafios serão enormes e citou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília. "Hoje é a consolidação de anos de trabalho na Polícia Federal, uma das instituições mais respeitadas e prestigiadas do país. Os desafios são enormes. Pois vemos um momento em que a democracia foi ultrajada. E nossa sede e a dos Três Poderes, atacadas, vilipendiadas. Momentos únicos de nossa história, que nos levam a muita reflexão, posicionamentos e atitudes firmes. Afora esses ataques ao Estado democrático de Direito, temos alguns crimes de atribuição da Polícia Federal em ascensão”, destacou o novo superintendente.
Andrei Augusto Passos Rodrigues também destacou a atuação da Polícia Federal nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
“Participo desta solenidade após o início de jornada extremamente atípico e desafiador. Com satisfação, vejo que, apesar da magnitude dos disparatados e criminosos acontecimentos recentes, nossa instituição foi capaz de dar uma resposta vigorosa, necessária e esperada pela sociedade brasileira, demonstrando estar preparada para grandes desafios e para uma atuação como instituição de Estado”, ressaltou.
O diretor-geral da Polícia Federal ainda citou os motivos da escolha de Giampaoli: “São Paulo é uma posição tão estratégica que foi cuidadosamente pensado. [Giampaoli] é conhecedor das peculiaridades e complexidades de São Paulo, é nascido aqui, é um líder que assume a responsabilidade do comando com total domínio das funções de sua equipe”.
Andrei ainda afirmou que a autonomia investigativa e a gestão das operações policiais serão um "mantra" da atual administração. “Todas as nossas investigações deverão ser coordenadas com base no trinômio: qualidade da prova, autonomia investigativa e responsabilidade. Teremos absoluto rigor em relação a desvios e personalismos. Não permitiremos que projetos pessoais, interferências, pressões de qualquer órgão, grupos ou holofotes da mídia, pautem qualquer ação institucional. Nenhum desvio de finalidade será tolerado. Sei que beira o óbvio, porque faz parte dos nossos valores institucionais e pessoais de todos que aqui estamos, mas nestes tempos de absurdo em que vivemos nunca é demais ressaltar”, destacou.