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Novo suspeito de atirar garrafa que matou torcedora foi identificado com ajuda de câmeras de estádio

Professor de 33 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (25) no Rio de Janeiro; palmeirense morreu após ser atingida por estilhaço

São Paulo|Isabelle Amaral, do R7

Delegado Antonio Carlos Desgualdo detalha investigação que chegou ao novo suspeito de atirar garrafa de vidro
Delegado Antonio Carlos Desgualdo detalha investigação que chegou ao novo suspeito de atirar garrafa de vidro

A comparação das imagens gravadas por testemunhas com as do estádio do Palmeiras ajudou a polícia a identificar e prender, nesta terça-feira (25), o novo suspeito de atirar a garrafa de vidro que acabou tirando a vida da torcedora Gabriela Anelli, em 8 de julho.

A jovem de 23 anos foi atingida por estilhaços nas imediações do Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo, após uma briga entre torcedores do Palmeiras e do Flamengo. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois, em 10 de julho.

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Detalhes da investigação foram compartilhados na manhã desta quinta-feira (25) pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegacia que assumiu o caso após o primeiro suspeito ter sua prisão revogada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

"A primeira coisa feita foi individualizar os torcedores: saber quem jogou a garrafa, quem jogou copo, pedra de gelo e outros utensílios. Com ajuda de um software, foi possível sincronizar as imagens e os sons", diz Ivalda Aleixo, delegada responsável pelo DHPP.


O delegado Antônio Carlos Desgualdo afirma que, com ajuda da tecnologia, a perícia conseguiu identificar o momento em que a garrafa de vidro atingiu o tapume que separava as duas torcidas, se quebrou e seus estilhaços atingiram o pescoço de Gabriela Anelli.

Gabriela Anelli tinha 23 anos e faleceu após ser atingida por uma garrafa de vidro no Allianz Parque
Gabriela Anelli tinha 23 anos e faleceu após ser atingida por uma garrafa de vidro no Allianz Parque

Desgualdo disse ainda que a identificação de Jonathan Messias dos Santos Silva, preso no Rio de Janeiro, foi um "trabalho braçal", que exigiu analisar rosto por rosto e comparar as imagens gravadas do incidente com os dados obtidos pelas câmeras de reconhecimento facial do Allianz Parque.


"Ao entrar no estádio, você tem sua imagem coletada. E analisando as imagens do estádio com a dos vídeos, foi possível identificá-lo", complementa a delegada Ivana.

De acordo com o delegado, o novo suspeito preso se chama Jonathan Messias dos Santos Silva, tem 33 anos, é professor, tem um filho e estava dormindo quando a polícia chegou à sua casa.

Ele foi detido no bairro Campo Grande, no Rio de Janeiro, e apresentado em uma delegacia da cidade. Ele será levado para São Paulo ainda nesta terça (25). A audiência de custódia está prevista para acontecer na quarta-feira (26).

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