Gravações da câmera de segurança do estacionamento da rede de fast-food Habib’s, unidade da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, mostram um desentendimento entre o menino João Victor Souza de Carvalho, 13 anos, com um funcionário da lanchonete, no final da tarde de 26 de fevereiro, minutos antes de o adolescente morrer. (Veja vídeo abaixo) O vídeo, de 1 minuto e 55 segundos, começa exibindo João Victor com dois pedaços de madeira, um em cada mão. Ainda no primeiro minuto de vídeo, o adolescente coloca as madeiras encostadas na traseira de um dos carros estacionado, e caminha até a dianteira do veículo, onde fica encostado. Segundos depois, um funcionário do Habib’s aparece nas imagens, se aproxima de João Victor, e empurra o adolescente, que corre para a parte de trás do carro. Ele pega os pedaços de madeiras, parte para cima do funcionário e faz um movimento de acertá-lo com a madeira — mas não atinge. O empregado da lanchonete vira as costas e retorna. Antes do final do vídeo, João Victor ainda dá um golpe com a madeira contra um Jeep Renegade estacionado. Pelas imagens, não é possível precisar se houve estrago no veículo. Questionado sobre as novas imagens, o Habib's reiterou nota emitida no último dia 14, em que diz que os funcionários arrastaram o menino para tirá-lo da “rua movimentada”, e agiram de tal forma por causa da “falta de experiência em situações de resgate”. Dois funcionários da lanchonete foram e permanecem afastados. Representantes da família de João Victor afirmam que as imagens são incompletas, já que não mostram o que ocorreu posteriormente ao desentendimento. Em 3 de março, o R7divulgou imagens de outra câmera de segurança que mostram que o menino João Victor foi perseguido por dois funcionários da lanchonete e arrastado por eles, desacordado, pouco depois (Veja vídeo abaixo)Exumação Após pedido da família para exumação de João Victor, o delegado Nicola Romanini, do 28º DP (Freguesia do Ó), responsável pelo caso, disse nesta sexta-feira (17) que fará o pedido à Justiça. A intenção da família é que novos exames sejam realizados para que a causa da morte apontada pelo IML (Instituto Médico Legal), que diz que foi devido ao uso de drogas, possa ser revista. De acordo com a assessoria do escritório FC Advogados, que auxilia a família de João Victor acompanhando o caso, a exumação será acompanhada pelos peritos independentes Levi Inimá de Miranda e Eduardo Llanos.*Com colaboração de Kaique Dalapola, estagiário do R7