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Operação prende 104 por usar nudes para extorquir vítimas

Organização criminosa aplicou golpes em 430 pessoas pelas redes sociais em 24 estados. Alvo principal eram idosos e funcionários públicos 

São Paulo|Do R7

Operação apreendeu cerca de R$ 2 milhões
Operação apreendeu cerca de R$ 2 milhões

Uma operação contra uma organização criminosa que aplicava golpes por meio de redes sociais e aplicativos de namoros virtuais prendeu 104 pessoas e apreendeu cerca de R$ 2 milhões nesta terça-feira (15).

A chamada Operação Anteros da Polícia Civil de São Paulo apreendeu também 12 veículos e 11,5 kg de cocaína. Uma pessoa foi presa em flagrante por tráfico de drogas. Foram cumpridos também 210 mandados de busca e apreensão por 820 policiais civis dos estados de São Paulo, Roraima, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

Namoro virtual

O grupo atuava enviando solicitações de amizade a potenciais vítimas, em especial idosos e funcionários públicos de alto poder aquisitivo, tanto homens quanto mulheres. Após os contatos iniciais, começavam um “namoro virtual”. As vítimas mandavam fotos ou vídeos íntimos que, mais tarde, seriam usados na extorsão.

Foram identificadas 437 vítimas que tiveram prejuízos acima de R$ 24 milhões. A polícia estima que, contando subnotificações, os números devem superar duas mil vítimas nos últimos três anos, gerando uma movimentação R$ 250 milhões para a organização criminosa.


A polícia chegou ao grupo após investigar um telefone celular apreendido em uma cadeia em outra ação policial. Em 2019, a Voo de Ícaro desarticulou um grupo que usava drones para entregava de materiais em presídios.

O telefone apreendido no ano passado revelou uma movimentação bancária suspeita. Os investigadores seguiram o dinheiro durante um ano e descobriram uma organização criminosa que agia no Brasil e no exterior.

Os golpistas são conhecidos como "romance scammers", ou seja, especialistas em fraudes na internet com o uso de perfis falsos. Após receber os valores da extorsão, faziam a lavagem de capitais. O esquema foi identificado em, ao menos, 24 estados. Ao todo, 210 pessoas foram indiciadas. Das 104 prisões, 99 ocorrem na capital paulista e as demais na Grande São Paulo.

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