Padrasto engravida menina de 12 anos após dois meses de estupros
Mãe da vítima vivia com homem há dez anos, na Grande SP, e também espera bebê dele
São Paulo|Fernando Mellis, do R7, e Bruna Macedo, da Agência Record
Ao descobrir que a filha de 12 anos estava grávida, uma dona de casa, moradora de Carapicuíba, na Grande São Paulo, não podia imaginar que a situação seria pior. A criança disse ter sido estuprada durante quase dois meses pelo padrasto, de 45 anos. O abuso sexual foi confirmado com exames médicos. O padrasto foi preso na tarde desta terça-feira (26).
A mãe da garota contou que, no último dia 16, resolveu levar a filha ao médico porque a garota estava com enjoo e vômito. No hospital, o médico descartou qualquer doença e resolveu fazer um teste de gravidez. Segundo a dona de casa, a filha não tinha namorado, o que a deixou tranquila quanto ao resultado.
A surpresa surgiu quando o teste deu positivo. Questionada sobre a gestação de sete semanas, a criança contou sobre os abusos por parte do padrasto. O homem vivia com a mãe dela há mais de 10 anos e o casal tem outro filho, de sete anos.
O hospital chamou a polícia e o Conselho Tutelar. O delegado orientou a mãe a voltar para casa e não falar para o marido até que eles cuidassem dos trâmites da prisão.
— Eu passei três dias no mesmo teto que ele [padrasto], colocando as crianças para dormirem em um quarto separado e dormindo com uma faca debaixo do meu colchão. Eu não sei o que faria se ele tentasse algo com a minha filha de novo.
No entanto, no dia 18, o casal discutiu sobre a gravidez da menina e o padrasto confessou à mulher o que fez. Ele fugiu, dizendo que se entregaria à polícia, o que nunca aconteceu. A mãe da garota procurou o delegado e falou sobre o sumiço do marido. A polícia pediu a prisão temporária dele e a Justiça decretou.
O homem foi preso nesta tarde, na casa de um familiar, também em Carapicuíba. A mãe da vítima conta que nesse meio tempo, ele viajou até Minas Gerais, buscou uma ex-mulher e estaria falando que eles nunca viveram juntos.
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Sem ter como se sustentar e morando de aluguel, a mulher ainda está grávida de seis meses, do mesmo homem investigado por estuprar a filha dela. Ela conta que antes de descobrir o abuso, nunca teve problemas com o marido.
— Até então, ele era um ótimo marido. Eu sou evangélica, ia para a igreja e lá dava testemunho falando que meu marido era maravilhoso.
Segundo a mãe, a Justiça já autorizou que a menina aborte o bebê. Ela vai fazer o procedimento em breve. Agora, a dona de casa quer que ele pague pelo que fez.
— Eu quero que, ao menos, ele fique na cadeia. Eu quero ao menos que a justiça seja feita. Esse cara não pode ser solto.