Para Polícia Civil, 2º assassino de Guilherme pode ser outro PM
Delegado Marcelo Jacobucci também reafirmou que Guilherme não participou de nenhum dos furtos que geraram retaliação de policiais
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
O delegado Marcelo Jacobucci, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirmou nesta sexta-feira (19) que o suspeito de acompanhar o sargento da PM (Polícia Militar) na execução do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, provavelmente também é um policial militar.
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"Ele [sargento do Baep] não ia cometer um homicídio dessa natureza, contra uma criança, um adolescente no caso, que o menino tem 15 anos, na frente de qualquer um. Seria alguém que pelo menos estivesse habituado a este tipo de coisa e que segurasse depois de não fazer delação", disse o delegado.
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As equipes da Polícia Civil estão atrás deste outro suspeito, que aparece nas imagens de segurança da rua onde Guilherme foi morto se abaixando e manuseando um objeto no chão. Jacobucci ainda acredita que o parceiro do sargento Adriano trabalhava na empresa de segurança responsável pela segurança do galpão assaltado na madrugada do dia 14, que teria gerado a retaliação dos policiais.
O sargento Adriano Fernandes de Campos ficou calado no primeiro depoimento à polícia. De acordo com o advogado do militar, Renato Soares Nascimento, ele "não tem participação alguma nesse crime. Assim que o DHPP juntar ao inquérito todos os elementos da investigação, o sargento vai se manifestar".
Jacobucci reafirmou que a execução ocorreu para mandar um recado, nos moldes da atuação de uma milícia da região. A investigação já escutou o depoimento do vigia que esteve no galpão de madrugada, mas não considera que ele tenha participado do crime.
"O vigia começou a trabalhar naquele canteiro fazia um ou dois dias, ele acabou de chegar lá", contou o delegado. Este vigia, com o prenome Fábio, teria sido vítima de uma tentativa de furto por volta da 1h da manhã daquele domingo (14), ele então acionou o sargento Adriano, o responsável pela empresa de segurança que cuida do galpão.
Por fim, o delegado assegurou que Guilherme era inocente e nunca tinha invadido o galpão ou realizado algum assalto ao local. Dois jovens da região que faziam as invasões ao galpão prestaram depoimento nesta sexta-feira (19).