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Para poupar reserva, nove bairros de São Paulo deixam de ser abastecidos pelo Sistema Cantareira

Medida atinge 1,6 milhão de pessoas e muda apenas a origem da água

São Paulo|Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7

Reservatório Cantareira registra volumes de água mais baixos da história
Reservatório Cantareira registra volumes de água mais baixos da história Reservatório Cantareira registra volumes de água mais baixos da história

Desde o fim de fevereiro, os bairros paulistanos Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, todos na zona leste, deixaram o Sistema Cantareira e passaram a receber água do Sistema Alto Tietê, segundo informações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Da mesma forma, moradores de parte do Jabaquara e dos bairros Vila Olímpia, Brooklin (zona sul) e Pinheiros (zona oeste) passaram a ser abastecidos pelo sistema Alto Tietê.

Com isso, 1,6 milhão de pessoas já deixou de receber água do Cantareira para ser atendido por outros sistemas, o que alivia o maior abastecedor de água da região metropolitana de São Paulo. As chuvas abaixo do esperado entre outubro e março deixaram os reservatórios em estado crítico e despertaram a possibilidade de um racionamento de água em São Paulo.

O volume de água armazenada no reservatório atingiu na última sexta-feira (7) o menor nível da história — 15,8% —, e a taxa pouco evoluiu na última segunda-feira (10), chegando a 16%. Para se ter uma ideia da falta de chuvas, no ano passado, nesta mesma data, o volume do reservatório era de 57,5%.

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Construído em 1974 e responsável pelo abastecimento de cerca de 9 milhões de pessoas da RMSP (região metropolitana de São Paulo), o Cantareira teve sua captação de água reduzida desde a última quinta-feira (6), o que significa que regiões antes atendidas por esse sistema passaram a receber água de outras bacias, como Alto Tietê e Guarapiranga.

Por determinação da ANA (Agência Nacional de Águas) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), a Sabesp reduziu a retirada de água de 31 mil litros por segundo para uma média de 25,6 mil litros por segundo. A companhia pode captar até 27,9 mil litros por segundo, de acordo com a resolução dos órgãos reguladores. A Sabesp não informou quantas pessoas passaram a ser atendidas por outros sistemas desde a redução de captação na última quinta-feira.

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O objetivo é reduzir o ritmo de comprometimento do sistema, que tem registrado os mais baixos volumes da história. A captação máxima pode ser revisada a qualquer momento e depende do volume de chuvas, informa a ANA.

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), a terça-feira (11) será ensolarada e quente na Grande São Paulo, com pancadas de chuva moderada a forte no fim da tarde. Os termômetros deverão oscilar entre mínima de 20º C e a máxima de 32º C.

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