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Pedofilia: polícia rastreou perfis em redes sociais e computadores

A tecnologia usada pela polícia permitiu mapear os perfis nas redes sociais que trocavam imagens sexuais envolvendo crianças

São Paulo|Márcio Neves, do R7

Bonecas e computadores foram presos com homens acusados de pedofilia na internet
Bonecas e computadores foram presos com homens acusados de pedofilia na internet Bonecas e computadores foram presos com homens acusados de pedofilia na internet

A Polícia Civil de São Paulo, trabalhou com ferramentas digitais que monitoram e identificam endereços IP, números similares a de um telefone que cada computador, celular ou tablet, recebe ao se conectar na internet, para localizar e identificar as 38 pessoas presas na Operação Harpócrates, deflagrada nesta terça-feira(20), suspeitos de integrar uma rede de pedofilia.

“Um dos homens tinha 7 mil arquivos no computador. Todos eles estavam ligados por sites onde o material era disponibilizado”, disse a delegada Gilmara Natália dos Santos.

A investigação começou a pelo menos 6 meses e iniciou após uma denúncia anônima de um dos suspeitos. Usando a tecnologia, a polícia conseguiu mapear outros perfis nas redes sociais que trocavam imagens com este primeiro homem. Foram 49 locais, em diversos municípios da capital e Grande São Paulo. Após isto foram obtidos os mandados de busca e apreensão para esses locais.

Segundos investigadores, alguns dos homens presos na operação, usavam perfis falsos com nome de mulheres, crianças e até parentes para trocar o conteúdo. O compartilhamento de imagens sexuais envolvendo crianças, na maioria dos acusados, era feita em segredo, muitos familiares dos presos ficaram supresos com a ação da polícia.

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Entre os presos estão um guarda municipal da cidade de Arujá, empresários, o diretor de um banco e homens que trabalhavam em escolas e buffets infantis. 22 computadores, 15 notebooks, 31 disco rígidos, 10 celulares, 34 pendrives, um videogame, dois roteadores e 68 CDs foram apreendidos para aprofudar as investigações. Bonecas, brinquedos e roupas infantis também foram encontradas e a polícia não descarta a possibilidade de conseguir identificar vítimas nas imagens. "Muitas vezes, a vítima está dentro da casa, sendo abusada, e as pessoas estão trocando as imagens”, afirma a delegada.

Os presos serão encaminhados para os centros de Detenção Provisória de suas cidades e, em seguida, para audiências de custódia nas respectivas cidades. A pena para os crimes, prevista no Artigo 241 do Estatuto do Menor e do Adolescente (ECA), é de quatro anos de detenção.

Ainda de acordo com o delegado do Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil, Márcio Fruett, alguns dos presos já têm passagem pela polícia. “Mas são passagens por outros tipos de crime, nada que chamasse a atenção para esse viés de crime sexual, principalmente contra crianças.”

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