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PF apreende R$ 100 milhões em bens vinculados a facção criminosa

Operação, feita em conjunto com a polícia do Paraguai, apreendeu 42 mil cabeças de gado e 31 fazendas. Grupo era ligado ao traficante Cabeça Branca 

São Paulo|Márcio Neves, do R7

Dinheiro apreendido na operação Spectrum da Polícia Federal
Dinheiro apreendido na operação Spectrum da Polícia Federal

A Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira (22) mais de R$100 milhões em bens de pessoas ligadas a uma organização criminosa internacionalde tráfico de drogas. A ação foi um desdobramento da operação Spectrum, que prendeu o traficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca em julho deste ano.

De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa, mesmo após a prisão de Cabeça Branca, mantinha as suas atividades normalmente.

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“Trata-se de uma das maiores operações da PF na desarticulação patrimonial de organização criminosa, com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro", afirmou Elvis Secco, um dos delegados da PF que atuaram na operação.


Foram fechadas 41 empresas e apreendidas 42 mil cabeças de gado e 31 fazendas, totalizando cerca de 40 mil hectares, a maioria delas no Paraguai e algumas no Mato Grosso, já que a ação foi feita em uma parceria entre a Polícia Federal e a SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai).

Uma das fazendas sequestradas pela PF na operação
Uma das fazendas sequestradas pela PF na operação

Batizada de 'Sem Saída', a operação foi deflagrada em diversas cidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul e contou com a atuação de mais de 100 policiais federais que buscaram cumprir 2 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão de bens.


Entre os presos estão duas pessoas que tinham relação direta com Cabeça Branca antes de sua prisão e tiveram seu papel na organização criminosa identificado nas investigações. "Os dois homens presos também tinham atuação na operação de remessa de cocaína pelo Porto de Paranaguá para a França", disse o delegado da PF.

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Ainda segundo a PF, o objetivo desta fase é "reunir alimentos probatórios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, associação para o tráfico internacional de drogas, dentre outros delito-s".

"O foco é direcionar a operação no sequestro patrimonial, pois o processo de lavagem de dinheiro é muito similar ao modelo utilizado nos crimes de corrupção", disse Biasoli, que alertou que em 2019 a prática será uma das prioridades da corporação no combate ao tráfico de drogas.

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