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PF realiza operação em SP contra esquema de fraude na Caixa

Até o momento, prejuízo causado pelas ações criminosas são de  R$ 2.372.931,54, mas a polícia acredita que valor pode ser superior

São Paulo|Do R7

Suspeitos fazem cartões em nome de outros cidadãos e fraudam app da Caixa
Suspeitos fazem cartões em nome de outros cidadãos e fraudam app da Caixa

A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (5), as operações 'Fraudcard' e 'Empório da Fraude' que têm como objetivo desarticular esquemas criminosos de fraudes em contas eletrônicas mantidas na Caixa Econômica Federal.

No total, estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Jundiai, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Santa Isabel, além da quebra de sigilos de dados dos investigados e sequestro de bens. 

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As ações são desdobramentos da força-tarefa 'Tentátuculos', instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas e que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e as instituições bancárias.

Em razão da atuação integrada, a Operação Fraudcard teve início após o recebimento de informações encaminhadas pela Caixa, noticiando a existência de 128 contas fraudadas entre julho de 2019 e janeiro de 2020.


Como funcionava o esquema

O esquema criminoso funcionava através da alteração de endereços de correntistas, seguida da solicitação de segunda via dos cartões bancários, que, então, eram entregues em endereços dos próprios investigados ou pessoas relacionadas a eles. Uma vez desbloqueados, os cartões eram utilizados em máquinas de cartões registradas em nome dos próprios envolvidos ou de terceiros.

Já a operação denominada 'Empório da Fraude' analisou informações inseridas na Base Nacional de Fraudes Bancárias Eletrônicas, que indicaram fraudes em contas bancárias por meio de aplicativo da Caixa.


Os investigados conseguiam alterar os endereços das vítimas, substituindo-os por endereços próprios e de terceiros. Posteriormente, também solicitavam a segunda via dos cartões e, após seus recebimentos, eram realizadas transações em estabelecimentos comerciais. 

A investigação identificou a realização de 64 transações fraudulentas no período compreendido entre janeiro e setembro de 2020. O prejuízo causado por essas ações foi de R$ 2.372.931,54. No entanto, o valor do prejuízo pode ser muito superior, segundo a PF. Os suspeitos são acusados de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica.

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