A Polícia Militar de São Paulo deverá utilizar 500 câmeras corporais durante o patrulhamento a partir do dia 1º de agosto. Inicialmente, os equipamentos serão acoplados aos uniformes de PMs de batalhões da capital paulista (11º, 13º e 37º Batalhão de Polícia Militar/Metropolitano). Segundo o comando, a tecnologia é capaz de captar áudio e vídeo, ao vivo e oferece mais segurança e transparência nas atividades policiais.
Leia também: SP: Polícia encontra cemitério do PCC com pelo menos quatro corpos
As câmeras corporais devem ser entregues no mês de julho por uma empresa que se apresentou como interessada em doar os serviços — que englobam a disponibilização de 500 câmeras, software de gestão e a nuvem para armazenamento das imagens —, após um chamamento público, iniciado em agosto do ano passado.
A PM paulista já utiliza outros 30 equipamentos do mesmo modelo em testes e manifestações. As câmeras estão em operação pelo CPA/M-1 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1), situado na região central da capital.
A corporação contava com outras 120 câmeras corporais, adquiridas em 2016. No entanto, os modelos possuem um sistema considerado obsoleto e serão substituídos pelos novos equipamentos.
Abordagens sob análise
Nas últimas semanas, a PM abriu dois inquéritos para investigar supostas ações violentas na periferia de São Paulo. Em dez dias, oito policiais foram presos e outros 12 estão afastados das funções nas ruas.
Leia também
Após os últimos casos de abusos e agressões em abordagens da tropa, o governador João Doria (PSDB) anunciou que os agentes de segurança pública do estado passarão por um "retreinamento".
O programa deverá começar pelo comando da PM, no quartel general do bairro da Luz, no centro de São Paulo. Depois, o curso será ministrado na Academia do Barro Branco, na zona norte da cidade.