A polícia cogita ouvir o depoimento de uma menina de 7 anos sobre o casal encontrado morto em uma casa no Itaim Paulista, na zona leste da cidade, na manhã desta terça-feira (29).
O corpo de Iara Muniz Nascimento, de 24 anos, foi encontrado por policiais militares em uma cama. O do marido dela, Jefferson Mariano dos Anjos, de 27 anos, perto do sofá da sala. Dentro do imóvel, mas do lado de fora da casa, estavam a filha de 2 anos do casal e, cuidando da irmã, a garota de 7, filha apenas de Iara.
Iara Muniz Nascimento tinha 24 anos e Jefferson Mariano dos Anjos, 27
Reprodução"A criança menorzinha não tem condições de dar nenhuma versão. A filha mais velha vai prestar depoimento caso a gente entenda necessario porque depoimento de criança você só deve tomar em ultimo caso", afirmou o delegado Olívio Gomes Lira, responsável pelo caso.
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"Ainda não decidimos se vamos ou não ouvi-la e será dentro do que a legislação determina. Um depoimento totalmente diferente de um adulto. Há necessidade de uma pessoa técnica acompanhando esse depoimento", detalhou o delegado.
Os investigadores trabalham com a possibilidade de envenenamento. Garrafas de plástico recolhidas na casa estavam cheias de um líquido incolor. Os corpos não apresentavam marcas de agressão.
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A hipótese de duplo homicídio é investigada, mas a polícia considera como mais provável a possibilidade de homicídio seguido de suicídio, de acordo com o delegado Olívio Gomes Lira, responsável pelo caso.
Segundo Lira, o exame necroscópico vai apontar o tempo de morte de cada um e será determinante para compreender como o crime aconteceu. "Precisamos entender se as mortes ocorrem no mesmo tempo ou se há um tempo distante de uma morte e outra", afirmou Lira em entrevista ao Cidade Alerta, da Record TV. "Temos toda cautela antes de afirmar qualquer conclusão", completou.
O casal morava nos fundos da casa dos pais de Jefferson, que viajaram no domingo e, ao retornarem, encontraram filho e nora mortos. O boletim de ocorrência foi registrado no 67º DP (Itaim Paulista).
As meninas foram levadas por uma tia a um hospital da região para se submeterem a exames. Nenhuma delas apresentava sinais de agressão.