Polícia diz ter esclarecido cerca de 40% dos assassinatos de PMs na Grande SP
Envolvidos em morte de soldado da Rota foram identificados
São Paulo|Do R7
Dos 57 assassinatos de policiais militares ocorridos neste ano na capital e na Grande São Paulo, 23 foram solucionados, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), responsável pela investigação dos casos. O balanço foi divulgado, nesta quarta-feira (31), durante entrevista coletiva na sede do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos ).
De acordo com o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, os casos não teriam conexão e seriam uma "retaliação à atividade policial".
— Quando falo solucionados, quero dizer que foi estabelecida a autoria e presos os autores.
Carrasco afirmou ainda que a polícia identificou sete criminosos que estariam envolvidos na morte do soldado da Rota, André Peres de Carvalho, executado no dia 27 de setembro, quando saía de casa, na região do Butantã, zona oeste. O militar foi assassinado com tiros de fuzil.
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Os suspeitos fariam parte de uma quadrilha da favela São Remo, na zona oeste, onde PM e Polícia Civil desencadearam a Operação Saturação nesta quarta-feira.
— A investigação deu conta de que os indivíduos que executaram o policial estariam na São Remo. Pedimos os mandados de busca e os sete mandados de prisão, e hoje [quarta-feira], pela manhã, alinhados que estamos com a Polícia Militar, fomos cumprir os mandados.
Dois foram caputrados. Um deles, Antônio Pereira Soares, conhecido como Tonhão, foi preso na comunidade durante a operação. Conforme as apurações, ele teria levado os executores do PM até à casa da vítima.
Já o outro detido foi Filizanio dos Santos Pacheco, o Fefe. Ele foi pego na noite de terça-feira (31), em Carapicuíba. Segundo a polícia, Fefe clonou os três carros usados na execução do policial da Rota. Depois, teria tentado colocar fogo nos veículos também na região de Carapicuíba.
Foragidos
Os outros crimininosos que teriam envolvimento na execução do soldado da Rota são, de acordo com o DHPP, Marcelo Santos de Oliveira, o Rincon (armazena armas e maneja bem fuzil); Daniel Luiz dos Santos, o Caveira (dava suporte com motos) e Mauro dos Santos de Oliveira, o Pepeu (atuava também como segurança da boca de fumo).
Os dois executores do soldado André Peres de Carvalho seriam Claudio Francisco de Oliveira, o Cacau, e Vanderlei Gouveia do Nascimento, o Madu.
Conforme o diretor do DHPP, há diversos mandados de prisão e busca e apreensão para serem cumpridos nas zonas sul, leste e norte da capital.
Também estiveram presentes na coletiva, o diretor do Denarc, Wagner Giudici, e o comandante do Policiamento de Choque da Polícia Militar, César Augusto Franco Morelli.